Participação das crianças em projeto político-social elaborado por adultos: a Plenarinha no Distrito Federal
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202046236680Palavras-chave:
Participação infantil, Educação infantil, PlenarinhaResumo
Falar de participação infantil remete a distintos graus e possibilidades em que as crianças tenham suas opiniões consideradas e possam exercer a cidadania por meio de processos iniciados por adultos ou por elas, mas que haja relações de equilíbrio de poder e parceria. Frequentemente, a participação das crianças é referida em projetos de forma decorativa, usando as falas das crianças, para reafirmar que elas estiveram envolvidas nos processos e tiveram suas vozes consideradas. Entretanto, essa ilustração remete apenas a etapas de não participação das crianças e que demandam repensar conceitos que envolvem esse complexo processo. Atentando-se a essas questões, o presente texto procurou compreender como ocorre a participação das crianças pequenas na Plenarinha no Distrito Federal proposta pela Secretaria de Estado de Educação. Por meio de uma pesquisa qualitativa, que fez uso de análise documental, buscou-se verificar nos textos oficiais publicados e notícias vinculadas no jornal Correio Braziliense se o programa considerava a voz das crianças na implementação de mudanças na educação infantil. Após análise dos documentos, pode-se referir que o programa não contemplou as infâncias presentes nas instituições de educação infantil, bem como ocultou nos documentos como os processos de participação das crianças ocorreram. Nota-se que a perspectiva adultocêntrica coloca-se como um impeditivo para legitimar a ação social das crianças, que têm sua competência comparada a padrões adultos, e que acabam por invisibilizar esse grupo minoritário, que historicamente esteve à margem da participação social.
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