Formação pedagógica em Moçambique
a voz dos participantes
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201844178295Palavras-chave:
Formação pedagógica, Voz dos atores, Cooperação internacional, Saúde em MoçambiqueResumo
O artigo destaca a voz dos profissionais do setor de saúde em Moçambique, no relato das experiências vividas durante um programa de formação caracterizado pela abordagem da práxis, formas reflexivas e críticas e ações autônomas e dialógicas. Por meio da voz dos participantes, investiga-se o impacto desse processo formativo nas mudanças por eles conduzidas em seu país. O quadro teórico prevê análise das mudanças inovadoras efetuadas pelos profissionais, a partir de indicadores (intelectuais, emocionais e de sustentabilidade) propostos por Andy Hargreaves. A escuta dos profissionais subsidia-se nas perspectivas de Larrosa e Contreras, que, ao dar visibilidade à experiência vivida por cada participante, possibilita a descoberta do que se passa no processo formativo do qual participam. A metodologia de pesquisa privilegia entrevistas semiestruturadas, na forma de depoimentos dos participantes. Tais dados foram colhidos anualmente, em Maputo e São Paulo, no período de 2012 a 2015, envolvendo vinte profissionais da saúde, três peritos e um coordenador e informações de artigos produzidos pela equipe. 105 depoimentos compõem o conjunto dos dados empíricos, analisados conforme critérios de Bardin. Os resultados indicam que os profissionais adquiriram conhecimentos e habilidades no diagnóstico e solução de problemas da realidade moçambicana. As reflexões acerca da prática, com autonomia, protagonismo, dialogia e respeito à voz dos outros, evidenciam o reflexo do curso formativo e a construção da identidade profissional e pessoal que leva ao trabalho colaborativo, na produção de mudanças inovadoras.
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