A formatação da prova afeta o desempenho dos estudantes? Evidências do Enem (2016)
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248241713porPalabras clave:
Efeito fadiga, Testes padronizados, Enem, Microdados, Desempenho educacionalResumen
Este artigo analisa o impacto da posição em que as questões são apresentadas sobre o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Brasil em 2016. A partir de uma amostra de 4.427.790 casos, calculamos o índice de acerto por questão para os diferentes cadernos de prova da área de Matemática e suas Tecnologias. Os resultados indicam a presença do efeito fadiga na prova do Enem 2016, ou seja, a ordem de apresentação das questões afeta a proporção de respostas corretas, que diminui à medida que o item é apresentado mais próximo do final da prova. As evidências exploratórias também sugerem que o efeito fadiga se manifesta tanto em estudantes de baixo quanto de alto desempenho. Por exemplo, a posição do item reduziu o índice de acerto em até 18 pontos percentuais, controlando pelo nível de desempenho. Este artigo faz a primeira avaliação empírica do efeito fadiga no Enem e os resultados representam uma contribuição para a literatura sobre influências não cognitivas em avaliação e são úteis para fundamentar estudos mais sistemáticos sobre o impacto do efeito fadiga em testes padronizados de larga escala, inclusive para além do caso específico analisado. Ao final, sugerimos medidas que podem mitigar esse efeito no Enem.
Descargas
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Educação e Pesquisa
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los conceptos emitidos en los artículos son de exclusiva responsabilidad de sus autores y no reflejan necesariamente la opinión de la redacción.
Está permitida la reproducción total o parcial de los trabajos, siempre y cuando se indique explícitamente la fuente.