Infância e educação em Platão

Autores/as

  • Walter Omar Kohan Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-97022003000100002

Palabras clave:

Platão, Infância, Filosofia da infância

Resumen

Este trabalho estuda, desde uma perspectiva filosófica, o conceito de infância em Platão, com ênfase nos seguintes diálogos: Alcibíades I, Górgias, A República e As Leis. Num primeiro momento, situamos a questão da infância no marco mais ampliado do projeto filosófico e político de Platão. A seguir, propomos quatro traços principais do conceito de infância em Platão: a) como possibilidade (as crianças podem ser qualquer coisa no futuro); b) como inferioridade (as crianças - como as mulheres, estrangeiros e escravos - são inferiores em relação ao homem adulto cidadão); c) como superfluidade (a infância não é necessária à pólis); d) como material da política (a utopia se constrói a partir da educação das crianças). Não há a pretensão de levar Platão a algum tribunal. Busca-se apenas delimitar um problema e uma forma específica de enfrentá-lo, com vistas a contribuir para a análise da produtividade dessa perspectiva na história da filosofia da infância e da educação ocidental, bem como nas atuais teorias e práticas educacionais. Ao mesmo tempo, de forma implícita, procura-se oferecer elementos para problematizar uma visão já consolidada entre os historiadores da infância - particularmente desde o já clássico História social da infância e da família de Philippe Ariès -, segundo a qual a infância seria uma invenção moderna e ela não teria sido "pensada" pelos antigos enquanto tal.

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Publicado

2003-06-01

Número

Sección

Artículos

Cómo citar