Sociologia da infância e reprodução interpretativa: um modelo redondo do desenvolvimento infantil
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248241891por%20Palavras-chave:
Psicologia do desenvolvimento, Reprodução interpretativa, Socialização, Sociologia da infânciaResumo
A sociologia da infância (SI), disciplina surgida no final da década de 1980 na cena teórica europeia, concebe a criança como ator social e a infância como construção social. Com esta perspectiva, ela vai na contramão das teorias tradicionais da socialização, sobretudo impulsionadas pela psicologia do desenvolvimento, que concebem o desenvolvimento infantil como individual, linear, natural e universal. William Corsaro, sociólogo da infância, propõe o conceito de “reprodução interpretativa” como substitutivo ao de socialização, assim como o modelo redondo de desenvolvimento infantil, com ênfase nas ações sociais das crianças. A SI, nesse sentido, propõe um novo paradigma para os estudos sociais da infância, com conceitos, métodos e concepções éticas para a realização de pesquisas com crianças. Este artigo tem como objetivo discutir o conceito de reprodução interpretativa, apresentando a trajetória de seu desenvolvimento e suas críticas ao conceito tradicional de socialização. Além disso, discute-se brevemente a importância e as críticas que esse conceito e o de ator social recebem pelo modo como têm sido utilizados em pesquisas na área da educação.
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