O discurso curricular intercultural na educação de jovens e adultos e a produção de subjetividades
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1517-97022012000100004Palavras-chave:
Discurso, Subjetividade, Interculturalidade, Técnicas de si, Educação de jovens e adultosResumo
O discurso pela interculturalidade, ao contrapor-se às formas homogeneizadoras de diferentes processos educativos, apresenta uma vontade de poder-saber e problematiza experiências dominantes de currículos monoculturalistas, ao mesmo tempo em que produz subjetividades multidimensionais de classe, gênero, raça, etnia, geração. Sob o enfoque da análise foucaultiana do discurso, desenvolveu-se um estudo sobre o eixo pedagógico e as regras de normalização da formação discursiva da interculturalidade no campo da educação de jovens e adultos, com vistas a analisar os enunciados que conformam o sujeito da interculturalidade. Para tal análise, foram selecionados, no discurso pela interculturalidade, enunciados que delineiam modos de abordar as práticas de objetivação do ser jovem e adulto na sociedade e em relação a si próprio, isto é, enunciados que indicam processos de governamentalidade - técnicas de si - dos sujeitos da educação. Examinou-se o jogo de poder-saber subjacente às verdades apresentadas no discurso pela interculturalidade, as quais afirmam o cidadão coletivo e/ou multicultural. Em relação à produção de subjetividades no discurso curricular, pode-se considerar, a partir de uma perspectiva nietzscheana, que, ao dizer-se da interculturalidade em substituição à homogeneização cultural, diz-se também daquilo que se é.Downloads
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Publicado
2012-03-01
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
O discurso curricular intercultural na educação de jovens e adultos e a produção de subjetividades . (2012). Educação E Pesquisa, 38(1), 47-61. https://doi.org/10.1590/S1517-97022012000100004