O fundamento lógico do normativismo da gramática grega e sua relação com a ausência da inovação e mudança linguísticas como objeto de estudo teórico
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v23i2p283-299Palavras-chave:
Normativismo, Gramática grega, Inovação e mudança linguísticas, MetafísicaResumo
O objetivo deste trabalho é demonstrar, numa perspectiva historiográfica, que o caráter normativista, amplamente reconhecido, da gramática tradicional na sua vertente grega não se deve somente ao trabalho filológico de preservação ou padronização dos textos clássicos. Essa tarefa foi, na verdade, precedida, tomando Aristóteles como o primeiro sistematizador do conhecimento filosófico de sua época, pela busca de uma linguagem capaz de realizar o trabalho ontológico fundamental da metafísica. A eliminação aristotélica da ambiguidade e da intencionalidade na busca da linguagem precisa e a fundação da metafísica num período em que os estudos da linguagem ainda não se constituíram como disciplina autônoma desfavoreceram por completo a inovação ou a mudança linguística como um objeto de estudo legítimo.
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