BNDES: internacionalização de empresas e o subimperialismo brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2018.115940Palabras clave:
Sub-imperialism. BNDES. Brazilian multinational companies. Latin America.Resumen
A partir de 2002, com a elevação dos desembolsos e a reorientação estratégica do BNDES, as empresas multinacionais brasileiras passaram a contar com o apoio do banco em suas estratégias de expansão internacional, especialmente com subscrição de ações em bolsa e ampliação dos empréstimos ligados à exportação de bens e serviços de engenharia. Diversos trabalhos têm analisado essas ações do banco de fomento; entre eles, merece destaque a recuperação da tese do subimperialismo brasileiro, desenvolvida nos anos 1970. O objetivo deste artigo é delinear as principais proposições dessa tese e contrapô-las aos diferentes ciclos de internacionalização de empresas nacionais e ao papel do BNDES na internacionalização produtiva das empresas. As principais conclusões – factuais, teóricas e processuais – trazem elementos para pensar que a tese do subimperialismo pode desvelar os processos contemporâneos de expansão multiterritorial dos capitais particulares brasileiros. Os procedimentos metodológicos consistiram em levantamento, seleção e leitura bibliográficos, levantamento de dados secundários em bancos de dados da UNCTAD (fluxos e estoques de investimentos) e do BNDES (desembolsos por linhas de financiamento), análise e sistematização dos dados à luz das referências bibliográficas.Descargas
Referencias
ARBIX, G.; CASEIRO, L. Destination and strategy of Brazilian multinationals. Journal of Academic Research in Economics, Frankfurt, v. 4, n. 2, p. 117-148, 2012.
BERRINGER, T. A tese do imperialismo brasileiro em questão. Crítica Marxista, Campinas, n. 36, p. 115-127, 2013.
BNDES. Banco Nacional do Desenvolvimento. Transparência. Disponível em: https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/transparencia. Acesso em: 9 abr. 2018.
CARVALHO JUNIOR, A. M. A política industrial e o BNDES. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 12, n. 23, p. 17-28, jun. 2005.
CASANOVA, L. Las multinacionales emergentes globales de Latinoamérica. In: MALAMUD, C. et al. (Ed.). Anuario Iberoamericano. Madrid: Pirámide, 2010. p. 35-47.
CATERMOL, F. O BNDES e o apoio às exportações. In: ALEM, A. C.; GIAMBIAGI, F. O BNDES em um Brasil em transição. Rio de Janeiro: BNDES, 2010. p. 162-176.
CHUDNOVSKY, D.; LOPEZ, A. A third wave of FDI from developing countries: Latin American TNCs in the 1990s. Transnational Corporations, Geneva, v. 9, n. 2, p. 31-74, Aug. 2000.
CUERVO-CAZURRA, A. Liberalización económica y multilatinas. Globalization, Competitiveness and Governability, v. 1, n. 1, p. 66-87, 2007.
DIAS, V. V. Las empresas brasileñas: internacionalización y ajuste a la globalización de los mercados. Brasília: Cepal, 1994.
FARIAS, H. C. O papel do BNDES na integração do território brasileiro. GEOUSP – Espaço e Tempo, São Paulo, n. 34, p. 119-133, 2013.
FIORI, J. L. Brasil e América do Sul: o desafio da inserção internacional soberana. Brasília, DF: Cepal/Ipea, 2011.
FONTES, V. A incorporação subalterna brasileira ao capital-imperialismo. Crítica marxista, Campinas, n. 36, p. 103-113, 2013.
FONTES, V. O Brasil e o capital-imperialismo: teoria e história. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2009.
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005.
IGLECIAS, W. Multilatinas e governos nacionais: estratégias para um novo lugar da América Latina no capitalismo contemporâneo? Carta Internacional, Belo Horizonte, v. 6, n. 1, p. 131-144, 2011.
IGLESIAS, R. M.; VEIGA, P. M. Promoção de exportações via internacionalização das firmas de capital brasileiro. Rio de Janeiro: Funcex/BNDES, 2002.
KATZ, C. América Latina frente a la crisis global. In. LARA CORTÉS, C. (Org.). La explosión de la crisis global: América Latina y Chile en la encrucijada. Santiago: LOM, 2009. p. 43-67.
KOSACOFF, B. El caso argentino. In: CHUDNOVSKY, D.; KOSACOFF, B.; LOPEZ, A. (Org.). Las multinacionales latinoamericanas: sus estrategias en un mundo globalizado. Buenos Aires: FCE, 1999. p. 67-164.
KRAYCHETE, E. S.; CRISTALDO, R. C. The National Bank of Economic and Social Development on the Brazilian development strategies: from internal articulation to expansion to Latin America. Geopolítica(s), Madrid, v. 4, n. 1, p. 63-85, 2013.
LAZZARINI, S. G. Capitalismo de laços: os donos do Brasil e suas conexões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
LUCE, M. S. O subimperialismo, etapa superior do capitalismo dependente. Crítica Marxista, Campinas, n. 36, p. 129-141, 2013.
MARINI, R. M. La acumulación capitalista mundial y el subimperialismo. Cuadernos Políticos, México, n. 12, abr./jun. 1977. Disponível em: http://www.marini-escritos.unam.mx/052_acumulacion_subimperialismo.html. Acesso em: 9 abr. 2018.
SANTOS, L. B. O retorno da política industrial na América Latina: evidências e práticas da experiência brasileira. In: PÉREZ, M. I. A.; ZÁRATE, A. S.; HUERTA, I. A. (Org.). Caleidoscopio de la ciudad contemporánea: economía, sociedad y medio ambiente. Puebla: Benemérita Universidad Autónoma de Puebla, 2016. v. 1. p. 17-44.
SANTOS, L. B. Políticas públicas e internacionalização de empresas brasileiras. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 27, n. 1, p. 37-52, jan./abr. 2015.
SANTOS, L. B. Multilatinas na economia global: caracterização histórica, setorial e espacial. Scripta Nova – Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales [Enlínea]. Barcelona: Universidad de Barcelona, v. XVIII, n. 469, 1 mar. 2014. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-469.htm. Acesso em: 4 abr. 2018.
SENHORAS, E. M.; VITTE, C. C. S. A agenda do desenvolvimento sob questionamento: liderança, hegemonia ou sub-imperialismo brasileiro na geografia da integração regional da América do Sul. Selected Works, Berkeley, 2006. Disponível em: http://works.bepress.com/eloi/41. Acesso em: 4 abr. 2018.
SENNES, R. O tema financiamento, seguro e garantias ao crédito para exportações: comentários sobre regulamentação no Brasil. Papéis Legislativos, Rio de Janeiro, n. 2, p.1-15, 2007.
SENNES, R; MENDES, R. C. Políticas públicas e as multinacionais brasileiras. In: RAMSEY, J.; ALMEIDA, A. (Org.). A ascensão das multinacionais brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2009. p. 157-174.
SILVA, C. H. R. Política industrial brasileira e a industrialização de Mato Grosso do Sul. Tese (Doutorado em Geografia) –Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2016.
SOUZA, A. M. Imperialismo e desenvolvimento. In: COLOQUIO INTERNACIONAL DE GEOCRÍTICA, 8., 2014, Barcelona, ES. Anais... Barcelona, ES, 2014.
SOUZA, A. M. Crítica à noção de subimperialismo. Crítica Marxista, Campinas, n. 36, p. 143-151, 2013.
SOUZA, A. M. Expansionismo brasileiro e subimperialismo. Meridiano 47, Brasília, v. 13, p. 8-13, 2012.
SPOSITO, E. S.; SANTOS, L. B. O capitalismo industrial e as multinacionais brasileiras. São Paulo: Expressão Popular, 2012.
WELLS, C. Brazilian multinationals. The Columbia Journal of World Business, New York, v. 7, p. 13-23, 1988.
ZIBECHI, R. Brasil potência: entre a integração regional e um novo imperialismo. Rio de Janeiro: Consequência, 2012.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 Leandro Santos

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publiquen en esta revista estarán de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo con una licencia de uso de atribución CC-BY, que permite distribuir, mezclar, adaptar y crear con base en su trabajo, siempre que sean respetados los derechos de autor, de la forma especificada por CS.
- Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales y por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se alienta a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y las citaciones del trabajo publicado (ver El efecto del acceso abierto).