The production cycle of agrofuels in Brazil under the order of transnational liberalism: the state control to corporate hegemony
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2017.114782Keywords:
State. Territory. Transnational Corporations. Brazil. Agrofuels.Abstract
Taking the production cycle of agrofuels in Brazil as a case study, the purpose of this article is to demonstrate the dynamics of their process of modernization and internationalization, in particular as transnational corporations (TNCs) operating in this production cycle promoting ethanol production sugarcane and most re- cently corn, have: (i) conditioned the direction of state policies in Brazil, focusing, through grants and funding, much of the public funds; (ii) in uenced the expan- sion of cultures and the organization of the Brazilian territory. In the rst section, we address the Brazilian state policies that made possible the modernization of agro-energy circuit and the second we show the process of internationalization of that circuit, intensi ed especially in the rst decade of the new millennium and the leading role of the State in this process. Finally it is identi ed the role of TNCs in the (un)social and territorial arrangements from the expansion of crops aimed at the production of agrofuels.
Downloads
References
AGNEW, J.; CORBRIDGE, S. Mastering Space: Hegemony, territory and international political economy. London/New York: Routledge, 1995.
ANDRADE DE SÁ, S.; PALMER, C.; DI FALCO, S. Dynamic of indirect land-use change: empirical evidence from Brazil. Journal of Envirommental Economics and Management, n. 65, p. 377-393, 2013. Disponível em: www.elsevier.com/locate/jeem. Acesso em: 15 dez. 2017.
ANDRADE, E. T.; CARVALHO, S. R. G.; SOUZA, L. F. Programa do Proálcool e o etanol no Brasil. Engevista, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 127-136, dez. 2009.
ANDRADE, M. C. Modernização e pobreza: a expansão da agroindústria canavieira e seu impacto ecológico e social. São Paulo: Unesp, 1994.
BECKER, B. K.; EGLER, C. A. G. Brasil: uma nova potência regional na Economia-Mundo. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.
BENETTI, M. D. A internacionalização recente da indústria de etanol brasileira. Revista da Fundação de Economia e Estatística, Rio Grande do Sul, v. 36, n. 4, p. 149-160, 2009. Disponível em: https://revistas.fee.tche.br/index.php/indicadores/article/view/2220. Acesso em: 20 nov. 2012.
BERNARDES, J. A. Novas fronteiras do capital no cerrado: dinâmica e contradições da expansão do agronegócio na região Centro-Oeste, Brasil. Scripta Nova, Barcelona, v. 507, p. 1-28, 2015.
BNDES aprova R$ 2 bilhões para estocagem de etanol. Jornal Valor Econômico, São Paulo, 31 ago. 2015. Disponível em: http://www.valor.com.br/agro/4203622/bndes-aprova-r-2-bilhoes-para-estocagem-de-etanol. Acesso em: 31 ago. 2015.
BRASIL. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço Energético Nacional 2012: ano base 2011. Rio de Janeiro: EPE, 2011.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Produção e Agroenergia. Plano Nacional de Agroenergia 2006-2011. 2. ed. rev. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2006.
BRASIL. Lei n. 9. 491, de 09 de setembro de 1997. Altera procedimentos relativos ao Programa Nacional de Desestatização, revoga a Lei n. 8.031, de 12 de abril de 1990, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9491.htm. Acesso em: 24 set. 2012.
BRASIL. Lei n. 8.031, de 12 de abril de 1990. Cria o Programa Nacional de Desestatização, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8031.htm. Acesso em: 24 set. 2012.
BRASIL. Instituto do Açúcar e do Álcool. Brasil Açúcar. n. 8. Rio de Janeiro: IAA, 1972. (Coleção canavieira).
DÉ CARLI, G. Civilização do açúcar no Brasil. Revista Brasileira de Geografia, v. 2, n. 3, 349-371, 1940.
DICKEN, P. Mudança global: mapeando as novas fronteiras da economia mundial. 5. ed. Trad. Teresa Cristina Felix Souza. Porto Alegre: Bookman, 2010.
DICKEN, P. Global Shift: The Internationalization of Economic Activity. 2nd. ed. London: Paul Chapman Publishing, 1992.
DUNHAM, F. B.; BOMTEMPO, J. V.; FLECK, D. L. A estruturação do sistema de produção e inovação sucroalcooleiro como base para o Proálcool. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, v. 10, n. 1, p. 35-72, jan./jun. 2011.
FARGIONE, J. E.; PLEVIN, R. J.; HILL, J. D. The Ecological Impacto of Biofuels. Annu. Rev. Ecol. Evol. Syst., Berkeley, CA, v. 41, p. 351-377, 2010.
FAUCHER, D. Geografía agraria: tipos de cultivos. Tradução Rafael Martínez. Barcelona: Omega, 1953.
FREITAS, E. P. Território, poder e biocombustíveis: as ações do Estado brasileiro no processo de regulação territorial para a produção de recursos energéticos alternativos. Tese (Doutorado em Geografia Humana) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
GARCEZ, C. A. G.; VIANNA, J. N. S. Brazilian Biodiesel Policy: Social and environmental considerations of sustainability. Energy, n. 34, p. 645-654, 2009. Disponível em: www.elsevier.com/locate/energy. Acesso em: 18 nov. 2017.
HIRA, A.; OLIVEIRA, L. G. No substitute for oil? How Brazil developed its ethanol industry. Energy Policy, n. 37, p. 2450-2456, 2009. Disponível em: www.elsevier.com/locate/enpol. Acesso em: 18 nov. 2017.
HOUTART, F. A agroenergia: solução para o clima ou saída da crise para o capital?. Petrópolis: Vozes, 2010.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sistema IBGE de Recuperação Automática – Sidra. Produção Agropecuária. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/home/pimpfbr/brasil>. Acesso em: 20 abr. 2013.
MARCOVITCH, J. A gestão da Amazônia: ações empresariais, políticas públicas, estudos e propostas. São Paulo: Edusp, 2011.
MARX, K. O capital: crítica da Economia Política. Trad. Reginaldo Sant’Anna. São Paulo: Difel, 1982.
MASIERO, G. Developments of biofuels in Brasil and Eadt Asia: experiences and challenges. Rev. Bras. Polít. Int., Brasília, n. 54, v. 2, p. 97-117, 2011.
MENEZES, T. J. B. Etanol, o combustível do Brasil. São Paulo: Agronômica Ceres, 1980.
MORAES, A. C. R. Bases da formação territorial do Brasil: o território colonial brasileiro no “longo” século XVI. São Paulo: Hucitec, 2000.
NYE, J. S.; KEOHANE, R. O. Transnational relations and World Politics: an introduction. International Organization, New York, v. 25, n. 3, p. 329-349, 1971.
PANICTH, L.; GINDIN, S. The making of global capitalism: The political economy of American Empire. London/New York: Verso, 2012.
PEET, R. Geography of power: the making of global economy policy. London/New York: Zed Books, 2007.
PIKETTY, T. O capital no século XXI. Tradução Sarah Adamopoulos. Lisboa: Círculo Leitores, 2014.
PORRO, N. M.; NETO, J. S. Coercive Harmony in Land Acquisition: the gendered impact of corporate responsability in the Brazilian Amazon. Feminist Economics, n. 20, p. 227-248, 2014.
PRADO JR., C. Formação do Brasil Contemporâneo. 24. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
QUEIRÓS, M.; FREITAS, E. As geopolíticas dos biocombustíveis e as novas correlações de forças entre Portugal, no contexto da União Europeia, e o Brasil. In: Coloquio Internacional de Geocrítica, 12., 2012, Bogotá. Anais... Bogotá: Geocrítica/ Universidad Nacional de Colombia, 2012. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/coloquio2012/actas/13-E-Freitas.pdf. Acesso em: 10 jul. 2012.
RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. Trad. Maria Cecília França. São Paulo: Ática, 1993.
RAMOS, P. Os mercados mundiais de açúcar e a evolução da agroindústria canavieira do Brasil entre 1930 e 1980: do açúcar ao álcool para o mercado interno. Economia Aplicada, São Paulo, v. 11, n. 4, p. 559-585, out./dez. 2007.
RATTNER, H. Globalização e projeto nacional. In: SANTOS, M.; SOUZA, M. A.; SILVEIRA, M. L. (Org.). Território, globalização e fragmentação. 4. ed. São Paulo: Hucitec-Anpur, 1998. p. 102-107.
RIBEIRO, N. V.; FERREIRA, L. G.; FERREIRA, N. C. Padrões e impactos ambientais da expansão atual do cultivo da cana-de-açúcar: uma proposta para o seu ordenamento no bioma Cerrado. Ateliê Geográfico, n. 9, p. 99-113, 2015.
RICO, J. A. P.; MERCEDES, S. S. P.; SAUER, I. L. Genesis and consolidation of the Brasilian bioetanol: a review of policies and incentive mechanisms. Renewable and Sustainable Energy Reviews, n. 14, p. 1874-1887, 2010.
SAFATLE, F. N. A economia política do etanol: a democratização da agroenergia e o impacto na mudança do modelo econômico. São Paulo: Alameda, 2011.
SANTOS, M. H. C. Política e políticas de uma energia alternativa: o caso do Proálcool. Rio de Janeiro: Notrya, 1993.
SANTOS, M. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Trad. Myrna. T. Rego Viana. São Paulo: Edusp, 2004a.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2004b.
SANTOS, M. Por uma geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. 4. ed. São Paulo: Hucitec, 1996.
SASSEN, S. Cities in a world economy. 4th ed. Los Angeles: Sage, 2012.
SCHAFFEL, S. B.; LA ROVERE, E. L. The quest for eco-social efficiency in biofuels production in Brazil. Journal of Cleaner Production, n. 18, p. 1663-1670, 2010.
SILVA, O.; FISCHETTI, D. Etanol, a revolução verde e amarela. São Paulo: Bizz, 2008.
STATTMAN, S.; HOSPES, O.; MOL, A. P. J. Governing biofuels in Brazil: a comparison of ethanol and biodiesel policies. Energy Policy, n. 61, p. 22-30, 2013.
STIGLITZ, J. E. Globalização: a grande desilusão. Tradução Maria Filomena Duarte. 3. ed. Lisboa: Terramar, 2004.
SZMRECSÁNYI, T. O planejamento da agroindústria canavieira no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1979.
TRENTINI, F. et. al. Sustentabilidade: o desafio dos biocombustíveis. São Paulo: Annablume, 2010. v. 1.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2017 Elisa Pinheiro de Freitas, Margarida Maria Queirós

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
- Authors maintain copyright and grant the magazine the right to first publication, with the work with a license to use the CC-BY attribution, which allows to distribute, remix, adapt and create based on your work, provided that the due copyright, in the manner specified by CS.
- Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
- Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg in institutional repositories or on their personal page) at any time before or during the editorial process, as this can generate productive changes, as well as increase the impact and citation of published work (See The Effect of Open Access).