Espacialidades e interseccionalidades na vivência de mulheres prostitutas mães na cidade de Ponta Grossa-PR
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2017.117719Palabras clave:
Espacialidades. Gênero. Prostituição. Interseccionalidades. Maternagem.Resumen
Este artigo visa compreender como a interseccionalidade entre maternidade/maternagem e prostituição feminina de baixa renda constituem espacialidades na cidade de Ponta Grossa-PR. A partir do desempenho de papéis sociais tidos como opostos – o de mãe, associado ao amor, e o de prostituta, associado ao pecado –, entendemos que as espacialidades vividas pelas mulheres mães prostitutas transpassam esses paradoxos a partir da interseccionalidade. As experiências sociais dessas mulheres são vistas como práticas encaixadas construídas por e através do espaço. A concomitância dos dois papéis faz com que essas mulheres criem estratégias espaciais para desenvolver a prostituição e a maternidade/maternagem.
Descargas
Referencias
BADINTER, E. O conflito: a mulher e a mãe. São Paulo: Record, 2011.
BADINTER, E. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BUTLER, J. Problemas de gênero. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CATONNÉ, J. P. A sexualidade, ontem e hoje. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
CRENSHAW, K. W. Mapping the margins: intersectionality, identity politics, and violence against women of color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241-1299, 1991.
DUNCAN, N. Renegotiating Gender and Sexuality in Public and Private Spaces. In: Bodyspace: Destabilizing Geographies of Gender and Sexuality. New York: Routledge, 1996. p. 127-145.
ENGELS, F. A origem da família da propriedade privada e do Estado. Tradução de Leandro Konder. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2011.
HUBBARD, P. Cities and Sexualities. Canada: Routledge, 2012.
HUBBARD, P. Sex and the city: geographies of prostitution in the urban west. Aldershot: Ashgate, 1999.
JOHNSTON, L. Man: Woman. In: CLOKE, P.; JOHNSTON, R. Spaces of Geographical Thought: Deconstructing Human Geography’s Binaries. London: SAGE Publications, 2005. p. 119-141.
JULIANO, D. El trabajo sexual en la mira: polémicas y estereotipos. Cadernos Pagu, Campinas, n. 25, p. 79-106, jul./dez. 2005.
JULIANO, D. Excluidas y marginales: una aproximación antropológica. Madrid: Cátedra, 2004.
LAQUEUR, T. Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Tradução de Vera Whately. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
LONGHURST, R. Maternities: gender, bodies and space. Nova Yourk: Routledge. 2008.
MASSEY, D. B. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Tradução de Hilda Pareto Maciel, Rogério Haesbaert. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
McCALL, L. The Complexity of Intersectionality. Signs – Journal of Women, Culture and Society, Boston, v. 30, n. 3, p. 1771-1800, 2005. doi: 10.1086/426800.
McDOWELL, L. Gender, identity and place: understanding feminist geographies. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1999.
MORAES, A. F. Mulheres da vila: prostituição, identidade social e movimento associativo. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTA GROSSA. Disponível em: http://pontagrossa.pr.gov.br/acidade. Acesso em: 27 jan. 2015.
PULIDO, L. Cummunity, Place, and Identity. In: JONES III, J. P.; NAST, H. J.; ROBERTS, S. M. Thresholds in Feminist Geography: Difference, Methodology, Representation. Boston: Rowman & Littlefield, 1997. p. 11-28.
RAGO, M. Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar – Brasil (1890-1930). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
ROUGEMONT, D. A história do amor no Ocidente. Tradução de Paulo Brandi, Ethel Brandi Cachapuz. 2. ed. reform. São Paulo: Ediouro, 2003.
SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1995.
SILVA, E. A.; SILVA, J. M. Ofício, engenho e arte: inspiração e técnica na análise de dados qualitativos. Revista Latino Americana de Geografia e Gênero, v. 7, n. 1, p. 132-154, jan./jul. 2016.
SILVA, J. C. O conceito de território na geografia e a territorialidade da prostituição. In: RIBEIRO, M. A.; OLIVEIRA, R. S. Território sexo e prazer: olhares sobre o fenômeno da prostituição na geografia brasileira. Rio de Janeiro: Gramma, 2011. p. 19-41.
SILVA, J. M. Fazendo geografias: pluriversalidades sobre gênero e sexualidades. In: (Org.). Geografias subversivas: discursos sobre espaço, gênero e sexualidades. Ponta Grossa: Todapalavra, 2009. p. 25-53.
SILVA, J. M; SILVA, M. G. S. N. Introduzindo as interseccionalidades como um desafio para a análise espacial no Brasil: em direção às pluriversalidades do saber geográfico. In: SILVA, M. G. S. N.; SILVA, J. M. (Org.). Interseccionalidades. Gênero e Sexualidades na análise espacial. Ponta Grossa: Todapalavra, 2014. p. 17-35.
SILVA, J. M. et al. O corpo como elemento das geografias feministas e queer: um desafio para a análise no Brasil. In: SILVA, J. M.; ORNAT, M. J.; CHIMIN JUNIOR, Al. B. Geografias malditas: corpos, sexualidades e espaços. Ponta Grossa: Todapalavra, 2013. p. 85-142.
VALENTINE, G. Theorizing and researching intersectionality: a challenge for feminist geography. The Professional Geographer, v. 59, n. 1, p. 10-21, 2007.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2017 Juliana Przybysz, Joseli Maria Silva

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publiquen en esta revista estarán de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo con una licencia de uso de atribución CC-BY, que permite distribuir, mezclar, adaptar y crear con base en su trabajo, siempre que sean respetados los derechos de autor, de la forma especificada por CS.
- Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales y por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se alienta a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y las citaciones del trabajo publicado (ver El efecto del acceso abierto).