A PRODUÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO: DA DOMINAÇÃO À APROPRIAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2006.73992Palabras clave:
Espaço público, produção do espaço, dominação, apropriaçãoResumen
Propomos uma análise dos espaços públicos na perspectiva da produção do espaço, que relaciona os campos da dominação e da apropriação a partir da leitura da dominação política, da acumulação de capital e da realização da vida. A dominação política remete-nos ao papel do poder político e das elites na produção do espaço público; a acumulação de capital, ao surgimento de novos produtos imobiliários que aumentam a reprodução e a circulação do capital e questionam a relação do público e do privado; e, finalmente, a esfera da realização da vida humana materializa-se nos espaços públicos que possibilitam as práticas cotidianas. A partir do cotidiano muda o foco das análises dos espaços públicos da dominação para a apropriação, destacando a sua importância na produção de relações de identidade e pertencimento que permitem a leitura das possibilidades, da superação ou da subversão.
Descargas
Referencias
BRENNER, Neil. The urban question as a scale question: reflections on Henri Lefebvre, urban theory and the politics of scale. International Journal of Urban and Regional Research. Malden, v. 24, n. 2, p. 361-378, June 2000.
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. Cidade de Muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Edusp, 2000.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do espaço. São Paulo: Hucitec, 1996.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. Espaço-Tempo na Metrópole: a fragmentação da vida cotidiana. São Paulo: Contexto, 2001.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. Uma leitura sobre a cidade. Cidades, Presidente Prudente, v. 1, n. 1, p. 11-30, jan.- jul. 2004.
DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: 1. artes de fazer. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. [L’invention du quotidien. 1a. arts de faire, 1990].
GUIMARÃES, Raul Borges. Atores políticos, representação social e produção da escala geográfica. In: MELO, Jayro Gonçalves (Org.). Espiral do espaço . Presidente Prudente: GASPERR, 2003. p. 7-21.
HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 7. ed. São Paulo: Loyola, 1998. p. 216. [The Condition of Postmodernity: An Enquiry into the Origins of Cultural Change, 1989].
HARVEY, David. Espacios de esperanza. Madrid: Akal, 2003. [Spaces of Hope, 2000].
LEFEBVRE, Henri. El derecho a la ciudad. 2. ed. Barcelona: Península, 1973. [Le droit à la ville, 1968].
LEFEBVRE, Henri. De lo rural a lo urbano. 3. ed. Barcelona: Península, 1975. [Du rural à l’urbain, 1970].
LEFEBVRE, Henri. Espacio y política: el derecho a la ciudad II. Barcelona: Península, 1976. [Espace et politique. Le droit à la ville, II, 1972].
LEFEBVRE, Henri. De l’État. (4 volumes). Paris: Union Générale d’Éditions, 1976-1978.
LEFEBVRE, Henri. A vida cotidiana no mundo moderno. São Paulo: Ática, 1991. [La vie quotidienne dans le monde moderne, 1968].
LEFEBVRE, Henri. The production of space. Oxford: Blackwell, 1992. [Production de l´espace, 1974].
LEFEBVRE, Henri. A cidade do capital. Rio de Janeiro: DP&A, 1999a. [Le penseé marxiste et la ville, 1972].
LEFEBVRE, Henri. A revolução urbana. Belo Horizonte: UFMG, 1999b. [La révolution urbaine, 1970].
MARTINS, José de Souza. O cativeiro da terra. 2. ed. São Paulo: LECH, 1981.
MARTINS, José de Souza. O poder do atraso : ensaios de sociologia da história lenta. São Paulo: Hucitec, 1994.
MARTINS, José de Souza. As hesitações do moderno e as contradições da modernidade no Brasil. In: MARTINS, José de Souza. A sociabilidade do homem simples: cotidiano e historia na modernidade anômala. São Paulo: Hucitec, 2000. p. 17-54.
MAYOL, Pierre. O bairro. In: DE CERTEAU, Michel; GIARD, Luce; MAYOL, Pierre. A invenção do cotidiano: 2. morar, cozinhar. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 37-45 [L’invention du quotidien. 2 habiter, cuisiner, 1994].
PROST, Antoine. Fronteiras e espaços do privado. In: PROST, Antoine; VICENT, Gerard (Org.). História da vida privada, 5: da Primeira Guerra a nossos dias. 7. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 13-154. [Histoire de la vie privée, vol. 5: De la Primière Guerre Mondiale à nos jours, 1997].
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
SEABRA, Odette Carvalho de Lima. Territórios do uso: cotidiano e modo de vida. Cidades, Presidente Prudente, v. 1, n. 2, p. 181-206, jul.- dez. 2004.
SENNETT, Richard. El declive del hombre público. Barcelona: Península, 1978. [1974]
SEVCENKO, Nicolau. Introdução: o prelúdio republicano, astúcias da ordem e ilusões do progresso. In: NOVAIS, Fernando A.; SEVCENKO, Nicolau. (Org.). História da vida privada no Brasil (Volume 3: República: da Belle Époque à Era do Rádio). 5 a reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2002 [1998]. p. 7-48.
SMITH, Neil. Desenvolvimento desigual: natureza, capital e a produção de espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988 [Uneven Development, 1984].
SMITH, Neil. Geography, difference and the politics of scale. In: DOHERTY, J.; GRAHAM, E.; MALEK, M. (Eds.). Postmodernism and the social science. London: Macmillan, 1992 (Texto traduzido ao espanhol por María Franco García e disponível em:. Acesso em: 17 jul. 2004).
SMITH, Neil. Contornos de uma política espacializada: veículos dos sem-teto e produção da escala geográfica. In: ARANTES, Antonio (Org.). O espaço da diferença. Campinas: Papirus, 2000. p. 132-159.
SOBARZO, Oscar; SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Urbanizaciones cerradas: reflexiones y desafíos. Ciudades , Puebla (México), Red Nacional de Investigación Urbana, n. 59, p. 37-43, jul.-sept. 2003.
SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. O chão em pedaços: urbanização, economia e cidades no Estado de São Paulo. 2004. 508 p. Tese (Livre Docência) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2006 Oscar Sobarzo
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publiquen en esta revista estarán de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo con una licencia de uso de atribución CC-BY, que permite distribuir, mezclar, adaptar y crear con base en su trabajo, siempre que sean respetados los derechos de autor, de la forma especificada por CS.
- Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales y por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se alienta a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y las citaciones del trabajo publicado (ver El efecto del acceso abierto).