Uma proposta metodológica de mapeamento de áreas suscetíveis à inundação e/ou alagamento, na bacia hidrográfica do córrego Indaiá-MS
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2018.146752Palavras-chave:
Suscetibilidade, Escoamento superficial, Inundação, AlagamentoResumo
Neste trabalho propõe-se um modelo matemático para efetuar o mapeamento de áreas suscetíveis à inundação e/ou alagamento, fundamentado no método AHP (Analytic Hierarchy Process). A bacia hidrográfica do córrego Indaiá foi determinada como área experimental de análise, tendo em vista a sua ocupação que vem se processando nos últimos anos. Esta bacia está localizada no perímetro rural do município de Aquidauana, estado do Mato Grosso do Sul. Não há de fato, registros sobre ocorrência de inundações e/ou alagamentos nesta área; por outro lado, embora sejam fenômenos ocasionados por eventos naturais, de origem hidrometeorológica, eles podem ser potencializados e/ou deflagrados pela ação antrópica, o que justifica a busca pela minimização de suas consequências no meio ambiente, sobretudo, da regularização da ocupação dessa bacia sob análise. Visando o reconhecimento dos condicionantes e fatores que potencialmente exercem influência na formação e propagação desses eventos, foi utilizada uma metodologia de pesquisa geográfica, com base na análise integrada do ambiente sob a perspectiva sistêmica proporcionada pela escolha da bacia hidrográfica como unidade de análise, englobando técnica de análise multicritérios que considera fatores naturais e socioeconômicos que proporcionam a modelagem da realidade local de modo dinâmico. Os resultados mostraram que a bacia não apresenta elevada suscetibilidade, uma vez que as áreas com maior susceptibilidade representaram aproximadamente 23% da área total, relacionadas com as baixas declividades (fora da planície fluvial), solos mal drenados associados ao uso da terra com ausência de práticas conservacionistas. As áreas intermediárias (média suscetibilidade) representaram aproximadamente 42% da área total e as de menor suscetibilidade cerca de 37%. As áreas que apresentaram maiores suscetibilidades, em específico à inundação, estão relacionadas sobretudo com a planície fluvial, já as áreas com maiores tendências aos alagamentos estão relacionadas com a baixa declividade, somadas com as alterações antrópicas.
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