Uma proposta bakhtiniana de estudo transdisciplinar entre Linguística e Arquitetura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v38i1p198-213

Palavras-chave:

Arquitetônica, Relações dialógicas , Enunciado espacial , Bakhtin, Espaço construído

Resumo

Esta pesquisa tem como tema a contribuição conceitual de Bakhtin e seu Círculo para o campo da Arquitetura. A justificativa reside, para os estudos bakhtinianos, na ampliação do corpus analítico relacionado a signos visuais – a obra arquitetônica; e, para a arquitetura, no ganho conceitual e metodológico de análise e crítica do objeto arquitetônico enquanto produto humano que cumpre uma função social em determinado tempo e espaço. O objeto arquitetônico, além de delimitar um espaço organizado para o exercício de uma função, também tem um significado. E é nesse campo do signo que arquitetura e linguagem se conectam. Como objetivo geral, pretendemos demonstrar que conceitos elaborados pelos pensadores russos podem ser utilizados como instrumento de análise conceitual do espaço arquitetônico que, tal como um enunciado concreto espacial, reflete e refrata uma realidade social. Esta pesquisa tem caráter teórico-bibliográfico, com apoio em Bakhtin, Volóchinov e Medviédev, e em teóricos e críticos da arquitetura. Os resultados apontam que os conceitos reunidos sob a arquitetônica bakhtiniana permitem a análise da obra de arquitetura de modo semelhante à análise de enunciados concretos, pois são materializações sígnicas que apresentam um acabamento resultante de perspectivas ideológicas presentes na forma e na função do espaço construído.

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Biografia do Autor

  • Cláudio Primo Delanoy, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

    Doutor em Letras/Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil (2012). Docente na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil.

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Publicado

24-04-2025

Como Citar

DELANOY, Cláudio Primo. Uma proposta bakhtiniana de estudo transdisciplinar entre Linguística e Arquitetura. Linha D’Água, São Paulo, v. 38, n. 1, p. 198–213, 2025. DOI: 10.11606/issn.2236-4242.v38i1p198-213. Disponível em: https://revistas.usp.br/linhadagua/article/view/226748.. Acesso em: 17 jun. 2025.