Contato improvisação em São Paulo: flow e communitas na experiência urbana

Autores/as

  • Guilherme Novelli

DOI:

https://doi.org/10.11606/2tt91e32

Palabras clave:

experiência, metrópole, Contato Improvisação, flow, communitas

Resumen

Este artigo propõe um diálogo entre antropologia da performance e antropologia urbana, relacionando a experiência da dança contemporânea Contato Improvisação à experiência urbana. Os conceitos teóricos dos estudos urbanos deGeorge Simmel, como a experiência fragmentada na metrópole, ganharão ressonância na antropologia da experiência de Victor Turner.Registros etnográficos e vivências de dez anos de prática desta dança mostram como as experiências de flow e communitasse articulam em meio à metrópole e às cicatrizes de historicidade do circuito onde se dança. As definições deexperiênciaassim como a definição do conceito de tiras de comportamento, em Schechner, ajudarão na articulação deste quadro teórico.

This article proposes a dialogue between anthropology of performance and urban anthropology, relating the contemporary dance experience Contact Improvisation tothe urban experience. The theoretical concepts of George Simmel’s urban studies, as the fragmented experience in the metropolis, resonate in Victor Turner’s anthropology of experience. Ethnographic records and experiences of ten years practicing this dance show how experiences of flow and communitas are articulated along the metropolis and the historicity of scars in the circuit where the dance happens. The experience definitions, and the definition ofstrips of behavior, in Schechner, aids the articulatiof of this theoretical framework.

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Publicado

2015-07-30

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

Novelli, G. . (2015). Contato improvisação em São Paulo: flow e communitas na experiência urbana. Ponto Urbe, 16, 1-16. https://doi.org/10.11606/2tt91e32