A loucura e a república no Brasil: a influência das teorias raciais
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-65642006000100003Palavras-chave:
Loucura, Ideologia, Saúde mental, História da Psicologia, BrasilResumo
O presente artigo tem como objetivo discutir as modificações nas formas de compreensão e de enfrentamento da loucura na passagem do Império para a República, levando-se em conta a influência das teorias raciais importadas da Europa a partir de 1870. A adoção desses modelos teóricos cumpriu uma série de funções sociais e políticas referente a um projeto de nação. Neste contexto, as manifestações da loucura passaram a ser associadas à doença, à degeneração e ao risco e sofreram variadas medidas de opressão justificadas "cientificamente". Até hoje, as interpretações científicas do problema da "doença mental" continuam localizando a enfermidade no paciente. Ao reduzir a doença e a sua causa a uma problemática exclusivamente pessoal, sem que se considere o contexto socioeconômico e político da sua emergência, estas explicações configuram-se como ideologia.Downloads
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Publicado
2006-03-01
Edição
Seção
Dossiê: Psicologia e Ideologia - o Preconceito Racial
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Como Citar
A loucura e a república no Brasil: a influência das teorias raciais. (2006). Psicologia USP, 17(1), 17-34. https://doi.org/10.1590/S0103-65642006000100003