Kitchen’s creations: bodies, people and relations in indigenous, peasant and quilombola contexts

Authors

  • Ana Carneiro Profa. Adjunta, UFSB
  • Júlia Otero dos Santos Universidade Federal do Pará |

DOI:

https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2022.210329

Keywords:

Kitchen, Creations, Memory, Land, Kinship

Abstract

Starting from the authors’ ethnographies, one carried out with farmers/family members of the Buracos people and the other with the Karo-Arara, an indigenous people who speak the Tupi Ramarama language, this article investigates the relationships elicited through female agency in the kitchen and production, circulation and sharing of food and drink. It is about crossing borders between two well-established traditions in Brazilian anthropology as peasant studies and indigenous ethnology. We seek to show how, in different indigenous, quilombola and peasant ethnographic contexts, the kitchen is a creative device through which bodies, people and communities necessarily involved in specific lands and territories are constituted, and also undone.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ALVES, Yara. 2016. A casa raiz e o voo de suas folhas: Família, Movimento e Casa entre os moradores de Pinheiro-MG. São Paulo, Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade de São Paulo.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. 1981. Plantar, colher, comer: um estudo sobre o campesinato goiano. Rio de Janeiro, Edições Graal.

CARNEIRO, Ana. 2020. “Le temps des visites: philosophie politique de la maison dans une localité de Minas Gerais”. Révue Brésil(s), 18: 1-20. https://doi.org/10.4000/bresils.7911.

CARNEIRO, Ana. 2015a. O povo parente dos Buracos: sistema de prosa e mexida de cozinha. Rio de Janeiro, E-papers.

CARNEIRO, Ana. 2015b. “O sistema da mexida de cozinha: de que riem eles?”. In: COMERFORD, John; CARNEIRO, Ana; DAINESE, Graziele (orgs.). 2015. Giros etnográficos em Minas Gerais. Casa, comida, prosa, festa, política, briga e o diabo. Rio de Janeiro, 7Letras, pp. 93-110.

CARSTEN, Janet. 1995. “The substance of kinship and the heat of the hearth: feeding, personhood, and relatedness among Malays in Pulau Langkawi”. American Ethnologist, 22(2): 223-241. http://www.jstor.org/stable/646700.

CERQUEIRA, Ana Carneiro. 2017. “‘Mulher é trem ruim’: A ‘cozinha’ e o ‘sistema’ em um povoado norte-mineiro”. Revista Estudos Feministas 25(2): 707-31. https://doi.org/10.1590/1806-9584.2017v25n2p707.

CHAYANOV, A. [1923] 1966. The theory of peasant economy. Illinois, American Economic Association.

CLASTRES, Pierre. [1974] 2003. “O arco e o cesto”. A sociedade contra o Estado: Pesquisas de Antropologia Política. São Paulo, Cosac Naify.

COELHO DE SOUZA et al. 2016. “T/terras indígenas e territórios conceituais: incursões etnográficas e controvérsias públicas”. Entreterras, 1(1): 1-60.

COMERFORD, John Cunha. 2003. Como uma família: sociabilidade, territórios de parentesco e sindicalismo rural. Rio de Janeiro, Relume Dumará.

COMERFORD, John; CARNEIRO, Ana; AYOUB, Dibe & DAINESE, Graziele. 2022. Casa, corpo, terra, violência: abordagens etnográficas. Rio de Janeiro, 7 Letras.

DAINESE, Graziele; CARNEIRO, Ana & MENASCHE, Renata. 2018. “Introdução: Dossiê Casa e corporalidade entre camponeses e povos tradicionais”. Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia, 6(2): 4-8. https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/tessituras/issue/view/89.

FAUSTO, Carlos. 2002. “Banquete de gente: comensalidade e canibalismo Na Amazônia.” Revista Mana, 8(2): 7-44. https://doi.org/10.1590/S0104-93132002000200001.

FAVRET-SAADA, Jeanne. [1977] 2005. Les mots, la mort, les sorts. Paris, Galimard.

GARCIA Jr., Afrânio e HEREDIA, Beatriz. 1971. “Trabalho familiar e campesinato”. América Latina, ano 14, n. 1/2: 10-20.

GOW, Peter. 1991. Of mixed blood. Oxford, Clarendon Press.

GOW, Peter. 1989. “The perverse child: desire in a native Amazonian economy”. Man, 24(4): 567-582. http://www.jstor.org/stable/2804288.

HUGH-JONES, Christine. 1979. From the milk river: spatial and temporal processes in Northwest Amazonia. New York, Cambridge University Press.

HEREDIA, Beatriz. 1979. A morada da vida: trabalho familiar de pequenos produtores do nordeste do Brasil. São Paulo, Paz e Terra.

GABAS JR., Nilson. e ARARA, Sebastião (orgs.). 2009. Mitos Arara. Belém, Museu Paraense Emílio Goeldi.

IBANEZ-NOVION, Martin Alberto. 1974. El cuerpo humano, la enfermedad y su representación: um abordaje antropológico em Sobradinho, cuidad satélite de Brasília. Rio de Janeiro, Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

JENSEN, Casper Brunn; SMITH, Barbara Herrnstein; LLOID, G. E. R; HOLBRAAD, Martin & ROEPSTORFFM, Andreas. 2011. “Introduction: contexts for a comparative relativism”. Common Knowledge, 17(1): 1-12. https://read.dukeupress.edu/common-knowledge/issue/17/1.

KELLY, José Antonio & MATOS, Marcos de Almeida. 2019. “Política da consideração: ação e influência nas Terras Baixas da América do Sul”. Revista Mana, 25(2): 391-426. http://dx.doi.org/10.1590/1678-49442019v25n2p391.

LÉVI-STRAUSS, Claude. 1982 [1949]. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis, Vozes.

LEWANDOWSKI, Andressa & OTERO DOS SANTOS, Júlia. 2019. “Cosmopolíticas da terra contra os limites da territorialização”. Ilha, 21(1): 6-20.

LIMA, Tânia Stolze. 2005. Um peixe olhou pra mim: os Yudjá e a perspectiva. São Paulo, ISA, Unesp.

MAIZZA, Fabiana & OLIVEIRA, Joana. 2022. “Narrativas do cuidar: mulheres indígenas e a política feminista do compor plantas”. Revista Mana, 28(2): 1-33. http://doi.org/10.1590/1678-49442022v28n2a102.

MARQUES, Ana Claudia. 2020. “La maison, le nombril, le monde”. Révue Brésil(s) – Sciences Humaines et Sociales, 18/2020. http://journals.openedition.org/bresils/7601. Acessado em: 30 nov. 2020.

MARQUES, Ana Claudia. 2002. Intrigas e questões: Vingança de família e tramas sociais no sertão de Pernambuco. Rio de Janeiro, Relume-Dumará.

MARQUES, Ana Claudia & LEAL, Natacha. 2018. “Introdução: alquimias do parentesco”. In: MARQUES, A. C & LEAL, N. (orgs.). Alquimias do parentesco: casas, gentes, papéis, territórios. São Paulo, Editora Terceiro Nome; Rio de Janeiro, Gramma Editora.

MAUÉS, Raymundo Heraldo & MOTTA-MAUÉS, Maria Angélica. 1978. “O modelo da ‘reima’: representações alimentares em uma comunidade amazônica”. Anuário Antropológico, 2(1): 120-147.

McCALLUM, Cecília; MACEDO, Ulla; MENEZES, Greice & BELAUNDE, Luisa Elvira. “A ‘dona do corpo’ e o resguardo quebrado’: a etiologia tupinambá numa perspectiva etnográfica”. In: McCALLUM, Cecília & ROHDEN, Fabíola. Corpo e saúde na mira da antropologia: ontologias, práticas, traduções. Salvador, EDUFBA, ABA, 2015, pp. 45-65.

OTERO DOS SANTOS, Júlia. 2022. “Como fazer um povo existir: ritual, política e parentesco entre os Karo-Arara de Rondônia”. Mana, 28(2): 1-28.

OTERO DOS SANTOS, Júlia. 2019. “Sobre mulheres brabas: ritual, gênero e perspectiva”. Amazônica, 11(2): 607-635.

OTERO DOS SANTOS, Júlia. 2016. “Bebida, roça, caça e as variações do social entre os Arara de Rondônia”. Espaço Ameríndio, 10(2): 118.

OTERO DOS SANTOS, Júlia. 2015. Sobre mulheres brabas, parentes inconstantes e a vida entre outros: a Festa do Jacaré entre os Arara de Rondônia. Brasília, Tese de doutorado, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília.

OYEWUMI, Oyeronke. 1997. The Invention of women: Making an African sense of western gender discourses. Minneapolis, University of Minnesota Press.

PATEMAN, Carole. 1996. “Críticas feministas a la dicotomía público/privado”. In: CASTELLS, Carme. Perspectivas feministas en teoría política. Barcelona, Paidós, pp. 31-52.

PAULILO, Maria Ignez. 2016. “Que feminismo é esse que nasce na horta?”. Revista Política & Sociedade, 15: 1-21. https://doi.org/10.5007/2175-7984.2016v15nesp1p296.

PAULILO, Maria Ignez. 1987. “O peso do trabalho leve”. Ciência Hoje, Rio de Janeiro – RJ, 5(28): 64-70.

PEIRANO, Mariza. 1960. Proibições alimentares numa comunidade de pescadores. Brasília-DF, Dissertação de mestrado, Universidade de Brasília.

PERUTTI, Daniela. 2018. “O monturo, as visitas, os presentes: casa e amizade entre mulheres de Família Magalhães (GO)”. Apresentação no 2o Seminário Casa, Corpo e Políticas da Terra, realizado em Brasília-DF, na Universidade de Brasília.

ROCHA, Cinthia Creatini da. 2018. “Comer na mesma panela: agência das mulheres indígenas na sociopolítica Tupinambá”. Tessituras 6(2): 230-56, jul./dez.

SEEGER, Anthony, DA MATTA, Roberto & VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1979. “A construção da pessoa nas sociedades indígenas brasileiras”. Boletim do Museu Nacional, n. 32, maio, Rio de Janeiro, PPGAS-MN/UFRJ.

STENGERS, Isabelle. 2002. “Beyond conversation: the risks of peace”. In: KELLER, Catherine & DANIELL, Anne (eds.). Process and difference: between cosmological and poststructuralist postmodernisms. Albany, University of New York Press, pp. 235-55.

STRATHERN, Marilyn. 1988. The gender of the gift: problems with women and problems with society in Melanesia. Berkley, University of California Press.

WOORTMANN, Ellen. 2013. “A comida como linguagem”. Habitus, 11(1): 5-17, jan./jun.

Published

2024-06-19

Issue

Section

Living Beings and Artifacts: Intertwining Vital and Technical Processes in Mesoamerica and in Lowland South America

How to Cite

Carneiro, A., & Otero dos Santos, J. (2024). Kitchen’s creations: bodies, people and relations in indigenous, peasant and quilombola contexts. Revista De Antropologia, 67. https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2022.210329