"Para mí lo tradicional es gaucho, es CTG": traiciones etnográficas, violencia epistémica y silenciamiento en las evidencias del discurso experto
DOI:
https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.220284Palabras clave:
áreas naturales protegidas, pueblos y comunidades tradicionales, violencia epistémica, investigadores, traición etnográficaResumen
La discusión sobre las áreas naturales protegidas y las poblaciones locales afectadas por su creación ha sido bastante controvertida. Consciente de ello, durante cuatro años mantuve contacto con 33 investigadores que, moviéndose entre la ciencia y la política, se volvieron influyentes en la concepción de este tipo de política ambiental.Sin embargo, elegirlos como nativos planteó interrogantes que van más allá de la publicación de la investigación, porque entre los que se convertirían en tema de nuestras conversaciones se encontraban grupos que sufren las restricciones impuestas por esta forma de control territorial. Lo que me llevó a preguntarme: Al restringir el debate a lo que los científicos tendrían que decir, ¿No habría invisibilizado a quienes ya tienen pocos medios para acceder a instancias donde se piensan las políticas ambientales, reproduciendo un tipo de violencia epistémica neocolonial consesgo académico? A partir de esta incómoda posibilidad, tomo como un hecho etnográfico la elección que hice para reflexionar sobre las condiciones de producción del discurso científico cuando éste conduce al silenciamiento de otros.
Descargas
Referencias
ALMEIDA, Sandra. 1999. "Prefácio". In: SPIVAK, Gayatri. Pode o Subalterno Falar. Belo Horizonte, UFMG, pp. 7-17.
AMORIM, Marilia. 2003. O pesquisador e seu outro: Bakhtin nas ciências humanas. São Paulo, Musa.
BARRETTO FILHO, Henyo. 2001. Da nação ao planeta através da natureza: uma tentativa de abordagem sócio-antropológica das unidades de conservação na Amazônia. São Paulo, Tese de Doutorado, USP.
BENJAMIN, Antônio. 2001. Direito Ambiental das Áreas Protegidas: o regime jurídico das unidades de conservação. Rio de Janeiro, Forense.
BENVENISTE, Émile. 1966. Problèmes de linguistique génerale II. Paris, Gallimard.
BIRMAN, Patrícia. 2002. "Pesquisadores em cena e diálogos afro-acadêmicos". Revista de antropologia, 45(1): 251-254.
BORGES, Jorge Luis. 2007. Outras inquisições. São Paulo, Cia. das Letras.
BOURDIEU, Pierre. 1998. Meditações pascalinas. Oeiras, Celta.
BOURDIEU, Pierre. 1989. O poder simbólico. Lisboa, Difel.
BRASIL. 2000. "Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)". Disponível em <https://www.icmbio.gov.br/flonaipanema/18-uncategorised/10-o-que-e-uma-unidade-de-conservacao.html> (última consulta em outubro de 2023).
BRASIL. 2007. "Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais". Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm> (última consulta em novembro de 2023).
BUTTIGIEG, Sulla, 1999, "Categoria gramsciana di 'subalterno'". In: BARATTA, Giorgio; LIGUORI, Guido (orgs.). Gramsci da un secolo all'altro. Roma, Editori Riuniti, pp. 27-38.
CARDOSO de OLIVEIRA, Roberto. 2000. O Trabalho do Antropólogo. Brasília, Paralelo 15.
CARNEIRO da CUNHA, Manuela. 2009. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo, Cosac Naify.
CARNEIRO da CUNHA, Manuela, e ALMEIDA, Mauro. 2004. "Populações tradicionais e conservação ambiental". In: CAPOBIANCO, João et. alli (orgs.). Biodiversidade na Amazônia brasileira. São Paulo, ISA, pp. 184-194.
CARVALHO, José Jorge de. 2002. "Poder e silenciamento na representação etnográfica". Série Antropologia, 316: 2-21.
CLIFFORD, James. 2011. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro, UFRJ.
CRAPANZANO, Vincent. 1985. Waiting: the Whites of South Africa. New York, Random House.
EAGLETON, Terry. 1997. Ideologia. São Paulo, Boitempo.
FANON, Frantz. 2009. Pele Negra, Máscaras Brancas. Salvador, EDUFBA.
FIGUEIREDO, Fábio. 2009. "Resenha de Vincent Crapanzano, Waiting: the Whites of South Africa". Revista de História, 1(1): 129-134.
FOUCAULT, Michel. 2010. Os anormais: curso no Collège de France (1974-1975). São Paulo, Martins Fontes.
FOUCAULT, Michel. 1979. Discorso e verità nella Grecia antica. Roma, Donzelli.
FOUCAULT, Michel; DELEUZE; Gilles. 2013. "Os intelectuais e o poder: conversa entre Michel Foucault e Gilles Deleuze". In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. São Paulo, Graal, pp. 129-142.
GALETTI, Mauro; OLMOS, Fábio; BERNARDO, Christine. 2004. "O impacto dos Guarani sobre Unidades de Conservação em São Paulo". In: RICARDO, Fany (org.). Terras indígenas e unidades de conservação: o desafio das sobreposições. São Paulo, ISA, pp. 246-261.
GOFFMAN, Erving. 1985. A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis, Vozes.
LADEIRA, Maria Inês. 2004. "Terras indígenas e unidades de conservação na mata atlântica: áreas protegidas?", In: RICARDO, Fany (org.). Terras indígenas e unidades de conservação: o desafio das sobreposições. São Paulo, ISA, pp. 246-261.
LANDER, Edgardo. 2005. "Ciências sociais: saberes coloniais e eurocêntricos". In: LANDER, Edgardo (org.), A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, Clacso, pp. 08-23.
MACHADO, Bernardo. 2011. "A invenção da representação: breve reflexão sobre a noção de representação". Cadernos de Campo, 20: 167-180.
MARCUS, George. 1998. Ethnography through Thick/Thin. Princeton, Princeton University Press.
MEMMI, Albert. 1967. O retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. 2011. Quarto relatório nacional para a convenção sobre diversidade biológica. Brasília, MMA.
MONTEIRO, Allan. 2002. Depois do meio ambiente: mudança social em uma unidade de conservação. Campinas, Dissertação de Mestrado, Unicamp.
O ECO. 2023. "Quem somos". Disponível em <https://oeco.org.br/quem-somos/> (última consulta em novembro de 2023).
OLMOS, Fábio. 2007. "Nossos Batustões", in O ECO. Disponível em <https://oeco.org.br/colunas/18327-oeco-25273/> (última consulta em novembro de 2023).
PEIRANO, Mariza. 2006. A teoria vivida e outros ensaios de antropologia. Rio de Janeiro, Zahar.
PEIRANO, Mariza. 1985. "O Encontro Etnográfico e o Diálogo Teórico". Anuário Antropológico, 85: 249-254.
PEREIRA, Luena. 2020. "Alteridade e raça entre África e Brasil: branquidade e descentramentos nas ciências sociais brasileiras". Revista de Antropologia, 63 (2): 1-14.
PLÍNIO, Zuni. 2015. Disponível em (última consulta em dezembro de 2015).
ROGNON, Frédéric. 1991. Os primitivos, nossos contemporâneos. Campinas, Papirus.
ROUANET, Sérgio. 1999. "Ética e antropologia". Estudos avançados, 4 (10): 111-150.
SÁEZ. Oscar. 2011. "O lugar e o tempo do objeto etnográfico". Etnográfica, 15(3): 589-602.
SAID, Edward. 1990. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo, Cia das Letras.
SILVA, Vagner Gonçalves da. 2006. O antropólogo e sua magia: trabalho de campo e texto etnográfico nas pesquisas antropológicas sobre religiões afro-brasileiras. São Paulo, USP.
SPIVAK, Gaytatri. 1999. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte, UFMG.
SPIVAK, Gaytatri. 1994. "Quem reivindica a alteridade". In: HOLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro, Rocco, pp. 187-205.
TODOROV, Tzvetan. 1993. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo, Martins Fontes, 1993.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002. "O nativo relativo". Mana, 8 (1): 113-148.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista de Antropologia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam na Revista de Antropologia concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
