Esculpir a memória: monumentos ao Centenário da Independência em Buenos Aires e São Paulo

Autores/as

  • Michelli Cristine Scapol Monteiro Universidade de São Paulo. Museu Paulista

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i130p87-108

Palabras clave:

Escultura pública, Monumento, Centenário da Independência, História urbana

Resumen

As celebrações dos centenários das independências na América Latina foram eventos oportunos para os governos dessas nações investirem na construção da identidade nacional por meio da edificação de monumentos cívicos nacionais. Este artigo discorre sobre dois desses projetos: o Monumento a la Revolución de Mayo, em Buenos Aires, de Luigi Brizzolara e Gaetano Moretti, e o Monumento à Independência do Brasil, em São Paulo, de Ettore Ximenes e Manfredo Manfredi. Evidenciando os sincronismos dessas propostas, pretende-se demonstrar os meios pelos quais segmentos das elites dirigentes da Argentina e do Brasil procuraram dar materialidade a uma memória da independência.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Michelli Cristine Scapol Monteiro, Universidade de São Paulo. Museu Paulista

    Pesquisadora de pós-doutorado no Museu Paulista da USP, com bolsa financiada pela Fapesp (processo 2018/17682-0)

Referencias

ACEVEDO, E.; RAMÍREZ, F. “Preámbulo”, in Los pinceles de la historia – La fabricación del estado, 1864-1910. Ciudad de Mexico, Banamex/Patronato del Museo Nacional de Arte, 2003.

ALVES, A. C. “Civismo e questão nacional em debate no monumento à Revolución de Mayo (Buenos Aires, Argentina)”. Resgate – Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, v. 27, n. 1 [37], jan.-jun./2019, pp. 73-98.

ALVES, A. C. Dimensões políticas na Plaza de Mayo e a cidade de Buenos Aires como capital federal (18 8 0 -1910). Dissertação de mestrado. Campinas, Unicamp, 2017.

BACZKO, B. “Imaginação social”, in R. Romano (org.). Enciclopédia Einaudi, vol. 5: Anthropos-Homem. Lisboa, Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1985, pp. 296-332.

CARAS y Caretas. “El Monumento a la Revolución de Mayo – El proyecto premiado”. Caras y Caretas, n. 563, año XII, 9 de julio de 1909.

CARAS y Caretas. “La translación de la Pirámide de Mayo”. Caras y Caretas, n. 737, año XV, 16 de noviembre de 1912, p. 94.

GUTMAN, M. (ed.). Buenos Aires 1910: memorial del porvenir. Buenos Aires, Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires/Faculdade de Arquitetura, Design e Urbanismo da Universidad de Buenos Aires/IIED-America Latina, 1999.

L’ILLUSTRAZIONE Italiana. “El Monumento dell ́Indipendenza Argentina – Il bozetto Moretti-Brizzolara, solo italiano prescelto”. L’Illustrazione Italiana, 23 agosto 1908, p . 178 .

LA CONSTRUCCIÓN Moderna. “El Monumento a la Revolución de Mayo en Buenos Ayres. La Construcción Moderna, n. 22, 30 de noviembre de 1908b, pp. 431-2.

LA CONSTRUCCIÓN Moderna. “Resultado del concurso del monumento a la Revolución de Mayo”. La Construcción Moderna, n. 18, 30 de septiembre de 1908a, pp. 337-44.

LOPES, F. T. Cenografia e paisagem urbana: um estudo de caso da cidade de São Paulo. Dissertação de mestrado. Campinas, Unicamp, 2012.

LYNCH, J. La revoluciones hispanoamericanas 1808-1826. Trad. Javier Alfaya e Barbara Mcshane. Barcelona/Caracas/México, Editorial Ariel, 1976.

MALOSETTI COSTA, L. “Arte e Historia en los festejos del Centenario de la Revolución en Buenos Aires”. Caiana. Revista electrónica de Historia del Arte y Cultura Visual del

Centro Argentino de Investigadores de Arte (CAIA), n. 1. Buenos Aires, septiembre 2012. Disponível em: http://caiana.caia.org.ar/template/caiana.php?pag=articles/article_1.php&obj=2&vol=1.

MONTEIRO, M. C. S. “O Mausoléu a Belgrano, de Ettore Ximenes, e a presença artística italiana na Argentina”. Caiana. Revista electrónica de Historia del Arte y Cultura Visual del Centro Argentino de Investigadores de Arte (CAIA), n. 8. Buenos Aires, jan.-jun./2016. Disponível em: http://caiana.caia.org.ar/template/caiana.php?pag=default.php.

MONTEIRO, M. C. S. São Paulo na disputa pelo passado: o Monumento à Independência, de Ettore Ximenes. Tese de doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo, 2017.

O ESTADO de S. Paulo. “Monumento Comemorativo da Independência do Brasil”. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 7 de setembro de 1917, p. 11.

OLIVEIRA, C. H. S. “O espetáculo do Ipiranga: reflexões preliminares sobre o imaginário da Independência”. Anais do Museu Paulista, v. 3. São Paulo, 1995, pp. 195-208. Disponível em: http://www.scielo.brscielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47141995000100018&lng=en&nrm=iso.

PICCIONI, R. E. El arte público en la transformación de la ciudad del centenario, Buenos Aires 189 0 -1910. Dissertação de mestrado. San Fernando, Universidad de San Andrés, 2001.

PRADO, M. L. C. “O artista entre a história, a política e a pintura: retratando a independência no século XIX”. E-l@tina. Revista electrónica de estudios latinoamericanos, vol. 7, n. 25. Buenos Aires, octubre-diciembre/2008, pp. 17-29. Disponível em: https://publicaciones.sociales.uba.ar/index.php/elatina/article/view/6092.

SEVCENKO, N. “Museu Paulista: história, mito e crítica”, in U. Bezerra de Meneses (org.). Às margens do Ipiranga: 1890-1990. São Paulo, Museu Paulista/USP, 1990.

SHUMWAY, N. A invenção da Argentina: história de uma ideia. Trad. Sérgio Bath e Mário Higa. São Paulo/Brasília, Edusp/Editora UnB, 2008.

TAUNAY, A. “Justificação de votos apresentada por Afonso Taunay”. Monumento do Ipiranga/Arquivo do Estado de São Paulo, 27 de março de 1920 (manuscrito).

Publicado

2021-10-18

Número

Sección

Dossiê independências latino-americanas

Cómo citar

MONTEIRO, Michelli Cristine Scapol. Esculpir a memória: monumentos ao Centenário da Independência em Buenos Aires e São Paulo. Revista USP, São Paulo, Brasil, n. 130, p. 87–108, 2021. DOI: 10.11606/issn.2316-9036.i130p87-108. Disponível em: https://revistas.usp.br/revusp/article/view/191459.. Acesso em: 24 nov. 2024.