The Compulsory Licensing of Medicine as Health Policy of the State

Authors

  • Thana Cristina de Campos

Keywords:

Compulsory Licensing of Medicine, Public health policy, WTO/TRIPS, Right to Development.

Abstract

Despite the fact that on the theoretical level the supremacy of human rights – especially the right to health – over the rules of international commerce is consolidated, especially after the results achieved in the Doha Round, the practical reality of the international diplomatic order showed itself to be permeable to the resistance imposed by the “centrifugal forces of fragmentation”. In other words, the strong economic interests of state (i.e., developed countries) and non-governmental (transnational pharmaceutical companies, in this case) actors result in precautions and selectivity to weaken the Kantian cooperative vision of international relations. Nevertheless, the compulsory licensing of medicine could be an example of a powerful instrument for the realization of the Fundamental Human Right to health, undermining, as a consequence, the effects of poverty and social exclusion and implementing, as a consequence, the right to development. The compulsory license is analyzed as a powerful instrument of health policy of the state in its duty to assure the right to health, through access to essential medicine for its population.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ABBOTT, Frederick M. The Doha Declaration on the TRIPs Agreement and Public Health: Lighting a dark corner at the WTO. Journal of International Economic Law, v. 5, n. 2, p. 469-505, jul. 2002.

______. Compulsory Licencing for Public Health Needs: The TRIPS Agenda at the WTO after the Doha Declaration on Public Health. Geneva: Quaker United Nations Office, 2002. Disponível em: <http://www.geneva.quno.info/pdf/OP9%20Abbott.pdf>. Acesso em: 02 fev. 2006.

ARBIX, Daniel do Amaral. O acordo TRIPs na Rodada Doha e a licença compulsória de patentes por interesse público. 2005. Tese (Láurea) - Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo.

BARBOSA, Denis B. Uma introdução à propriedade intelectual. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003.

BASSO, Maristela; POLIDO, Fabrício. Propriedade intelectual e preços diferenciados de medicamentos essenciais: políticas de saúde pública para países em desenvolvimento. Rio de Janeiro: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS, 2005. (Coleção ABIA – Políticas Públicas n. 4)

BRUNDTLAND, Gro H. International Trade Agreements and Public Health: WHO’s Role, speech in Amsterdam meeting, 25-26 November, 1999. Disponível em: <http://www.essentialdrugs.org/edrug/archive/199911/msg00134.php>. Acesso em: 10 abr. 2006.

CHIEN, Colleen. Cheap Drugs at What Price to Innovation: Does the Compulsory Licensing of Pharmaceuticals Hurt Innovation? Berkeley Technology Law Journal, Santa Clara, v. 18, n. 1, p. 1-57, Summer, 2003.

COMPARATO, Fabio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

CORRÊA, Carlos M. Public Health and Patent Legislation in Developing Countries. Tulane Journal of Technology & Intellectual Property, New Orleans, Spring, 2001.

______. Recent developments in the field of pharmaceutical patents: implementation of the trips agreement. Buenos Aires: Universidad de Buenos Aires, 1998. Disponível na Internet . Acesso em: 15 abr. 2006.

CPTech – Consumer Project on Technology, Recent Health-Related Compulsory Licence and Disputes. Disponível em: <http://www.cptech.org/ip/health/cl/recent-examples.html#Zimbabwe>. Acesso em: 14 maio 2006.

DERANI, Cristiane. Atividades do Estado na produção econômica: interesse coletivo, serviço público e privatização. 2001. 232 p. Tese (Livre-docência) - Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

FURTADO, Celso. O capitalismo global. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

GATHII, James T. The legal status of the Doha Declaration on Trips and Public Health Under the Vienna Convention on the Law of the Treaties. Harvard Journal of Law & Technology, Cambridge, v. 15, p. 291-317, 2002.

GONTIJO, Cícero I. F. Propriedade industrial no século XX: direitos desiguais – principais aspectos da propriedade industrial em negociação nos vários foros internacionais – comentários e sugestões. Brasília: Oxfam, INESC – Instituto de Estudos Sócio-Econômicos, REBRIP – Rede Brasileira pela Integração dos Povos, 2003.

JACKSON, John H. The world trade system: law and policy of international economic relations. 2. ed. 1999. Cambridge: MIT, 1997.

LAFER, Celso. A identidade internacional do Brasil e a Política Externa Brasileira: passado, presente e futuro. São Paulo: Perspectiva, 2004.

______. O cenário mundial e o relacionamento União Européia/Mercosul. Política Externa, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 88-91, jun./ago. 2000.

______. Resistência e realizabilidade da tutela dos direitos humanos no plano internacional no limiar do século XXI. In: AMARAL JÚNIOR, Alberto do; MOISÉS, Cláudia Perrone (Orgs.). O cinqüentenário da Declaração Universal dos Direitos do Homem. São Paulo: Edusp, 1999. p. 441-52.

______. Comércio, desarmamento e Direitos Humanos: reflexões sobre uma experiência diplomática. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

_____. A OMC e a regulação do comércio internacional: uma visão brasileira. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1998.

MELLO, Celso A. B. de. Curso de direito administrativo. 15. ed. São Paulo: Malheiros, 2003.

MORAES, Maria Antonieta Lynch de; MORAES, Luiz Felipe Lynch de. Apontamentos acerca da licença compulsória de patentes nos casos de emergência nacional ou interesse público: a questão dos anti-retrovirais usados no tratamento da AIDS. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 91, n. 805, p. 99-109, nov. 2002.

MSF – Médecins Sans Frontièrs. Patentes de medicamentos em evidência: compartilhando experiência prática sobre patentes de produtos farmacêuticos, maio 2003.

______. Desequilíbrio fatal: a crise em pesquisa e desenvolvimento de drogas para doenças negligenciadas, set. 2001.

______. Negociando a saúde: a propriedade intelectual e o acesso a medicamentos no Acordo da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), ago. 2003.

MUSUNGU, Sisule F.; VILLANUEVA, Susan; BLASSETT, Roxana. Utilising TRIPS flexibilities for Public Health Protection though South-South Regional Frameworks. Genebra: South Centre, 1994. Disponível em: <http://www.southcentre.org/publications/flexibilities/flexibilities.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2006.

RANGEL, Vicente Marotta. Direito e relações internacionais. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.

RICUPERO, Rubens. O Brasil e o dilema da globalização. São Paulo: SENAC, 2001.

ROFFE, Pedro. Nota sobre direitos de propriedade intelectual e saúde pública. Política Externa, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 53-76, dez./fev. 2003/2004.

ROSENBERG, Bárbara. Patentes de medicamentos e comércio internacional: os parâmetros do TRIPS e do Direito Concorrencial para a outorga de licenças compulsórias. 2004. 290 p. Tese (Doutorado) - Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.

______. Development as freedom. New York: Anchor Books, 1999.

SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 19. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.

SILVA, Virgílio Afonso da. O proporcional e o razoável. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 91, n. 798, p. 23-50, abr. 2002.

THORSTENSEN, Vera. OMC – Organização Mundial do Comércio: as regras do comércio internacional e a nova rodada de negociações multilaterais. São Paulo: Aduaneira, 2005.

VIVAS, David. Regional and Bilateral Agreements and TRIPS-plus world: the Free Trade Area of the Americas (FTAA). Geneva: Quaker United Office, 2003. Disponível em: <http://www.geneva.quno.info/pdf/FTAA%20(A4).pdf >. Acesso em: 02 fev. 2006.

Documentos:

Doc. OMC: WT/MTN(01)/DEC/W/2, Declaração sobre TRIPS e Saúde Pública, Conferência Ministerial da OMC, 4ª Sessão, Doha, 9-14 de novembro de 2001, 14 de novembro de 2001.

Doc. OMS: WHO/EDM/2001.2, Globalization, TRIPS and Access to pharmaceuticals, WHO Policy Perspectives on Medicines, n. 3, March, 2001

Jornais:

Brazil’s corruption scandals may deal a blow to intellectual property rights, The Economist, 21.07.2005.

Brazil, Abbott Reach Deal To Lower Price on Antiretroviral Drug Kaletra. Disponível em: <http://www.medicalnewstoday.com/medicalnews.php?newsid=31995>. Acesso em: 01 jun. 2006.

Brazilian Health Ministry, Gilead Reach Price Reduction Agreement For Antiretroviral Tenofovir. Disponível em: <http://www.medicalnewstoday.com/medicalnews.php?newsid=43339>. Acesso em: 01 jun. 2006.

Jornais Destacam Redução de Preço do Tenofovir: para ativistas, medida só adia a sustentabilidade do PN-DST/AIDS. Disponível em: <http://www10.prefeitura.sp.gov.br/dstaids/novo_site/noticias/noticia.php?id=140>. Acesso em: 01 jun. 2006.

Lula confirma licenciamento compulsório de medicamento antiaids. Disponível em: <http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/05/04/materia.2007-05-04.2744465221/view>. Acesso em: 08 maio 2007.

Licenciamento Compulsório de Efavirenz é publicado no Diário Oficial. Disponível em: <http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/05/07/materia.2007-05-07.2044108916/view>. Acesso em: 08 maio 2007.

Published

2007-01-01

Issue

Section

Academic Papers of Post-Graduates

How to Cite

The Compulsory Licensing of Medicine as Health Policy of the State. (2007). Revista Da Faculdade De Direito, Universidade De São Paulo, 102, 759-796. https://revistas.usp.br/rfdusp/article/view/67777