A ecologia publicitária de Barbie: a cor rosa como signo cromático midiatizado e o meta-consumo de uma marca

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-5057.v15i2e219022

Palavras-chave:

Barbie, Marca, Rosa, Cinema, Publicidade

Resumo

Tendo por contexto o lançamento do filme Barbie, gerador de grandes debates, inclusive no campo acadêmico, partimos neste artigo do questionamento: de que forma o filme pode ser compreendido como recurso publicitário e em que medida se revela expressão da centralidade do consumo nas pautas e no imaginário contemporâneos? Em síntese, nosso objetivo é compreender a produção de significados construídos pelo filme. Como metodologia, utilizaram-se a revisão bibliográfica e a análise das expressões publicitárias do filme em mídias físicas e digitais e fora delas, além de análise semiótica do filme como apoio à compreensão da ecologia publicitária. Constatam-se, como resultado, a centralidade da cor rosa, signo qualitativo de alta complexidade, capaz de expressar visualmente distintos aspectos implicados no filme e o caráter ambíguo da produção, misturando aspectos publicitários e cinematográficos.

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Biografia do Autor

  • Clotilde Perez, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Professora titular de semiótica e publicidade da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Bolsista Produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCom) ECA USP. Líder do Grupo de Estudos Semióticos em Comunicação, Cultura e Consumo (GESC3). Vice-presidente da Federación Latinoamericana de Semiótica (FELS).

  • Bruno Pompeu, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Professor de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Coordenador do curso de Publicidade e Propaganda. Pesquisador do Grupo de Estudos Semióticos em Comunicação, Cultura e Consumo (GESC3). Doutor e Mestre em Ciências da Comunicação pela USP.

  • Diego Freire, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Graduando em Publicidade e Propaganda pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Pesquisador júnior do Grupo de Estudos Semióticos em Comunicação, Cultura e Consumo (GESC3).

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Publicado

2023-12-27

Como Citar

A ecologia publicitária de Barbie: a cor rosa como signo cromático midiatizado e o meta-consumo de uma marca. Signos do Consumo, [S. l.], v. 15, n. 2, p. e219022, 2023. DOI: 10.11606/issn.1984-5057.v15i2e219022. Disponível em: https://revistas.usp.br/signosdoconsumo/article/view/219022.. Acesso em: 28 abr. 2024.