Emojis: entre a liberdade expressiva e o controle das plataformas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-5057.v16i1%25p

Palavras-chave:

Emojis , Comunicação, Consumo, Vigiliância, Controle

Resumo

Este artigo reflete sobre a evolução dos emojis, signos visuais que surgem, inicialmente, no âmbito das mensagens de texto mediadas por dispositivos eletrônicos. Para isso, partimos de uma revisão sobre os estudos acadêmicos desses elementos, que possuem origem em campos distintos como comunicação, marketing, linguística, psicologia e semiótica etc., além de frequentes abordagens interdisciplinares. Identificamos que os emojis se inserem num conjunto de elementos que, ao longo do tempo, foram utilizados como recursos expressivos e que evoluem à medida em que transbordam do ambiente digital no qual surgiram e se apresentam como integrantes da cultura contemporânea. Com isso, surgem discussões sobre controle e vigilância na produção dos emojis, que influenciam as práticas de comunicação e consumo marcário.

 

 

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Biografia do Autor

  • Silvio Koiti Sato, Escola Superior de Propaganda e Marketing, São Paulo

    Doutor em Ciências da Comunicação pela ECA-USP (2015), com doutorado-sanduíche na Universidade Católica Portuguesa - Porto - Portugal (bolsista Capes). Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP (2010). Possui especialização em Administração de Empresas pela EAESP FGV com ênfase em Marketing e Mídia pela Universidade do Texas - Austin e EAESP - FGV-SP (1999), com intercâmbio internacional no MBA da HEC França (1998). Graduado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela ESPM-SP (1990). Leciona nos cursos de graduação em Publicidade e Propaganda e Ciências Sociais da ESPM-SP (desde 2015). Anteriormente, foi professor do curso de graduação em Publicidade e Propaganda da ECA-USP (2017-2019) e professor dos cursos de graduação em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas da FAAP-SP (2011-2022). Foi coordenador do curso de Publicidade e Propaganda da FAAP-SP (2017-2019). Leciona nos cursos de especialização da ECA-USP: Cultura Material e Consumo - CMC e MBA de Moda (desde 2014). Anteriormente, lecionou em cursos de especialização de instituições como FIA-SP, IED-SP e BSP-SP. É pesquisador do GESC3 - Grupo de Estudos Semióticos em Comunicação, Cultura e Consumo da ECA-USP (desde 2008). Autor do livro Signos da mobilidade: marcas e consumo na cultura digital pela Editora Appris (2017) e coorganizador do livro Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima (2015). Autor de artigos em periódicos e capítulos de livro nas áreas de Branding, Propaganda, Semiótica e Consumo. Desenvolveu carreira profissional como executivo das áreas de Branding, Comunicação e Marketing, com passagens por agências e anunciantes. Atualmente, é pesquisador e sócio fundador da Casa Semio, consultoria de pesquisa de mercado e comunicação que desenvolve projetos que envolvem Semiótica, Marca e Tendências de Consumo.

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Publicado

2024-08-15

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Emojis: entre a liberdade expressiva e o controle das plataformas. Signos do Consumo, [S. l.], v. 16, n. 1, p. e223263, 2024. DOI: 10.11606/issn.1984-5057.v16i1%p. Disponível em: https://revistas.usp.br/signosdoconsumo/article/view/223263.. Acesso em: 7 out. 2024.