Comunicação em saúde: Habermas e Lévinas no consultório
DOI:
https://doi.org/10.11606/va.v0i29.108322Palavras-chave:
medicina, linguagem, medicina narrativa, Habermas, LévinasResumo
A partir da apresentação de três casos clínicos, o autor se lança a uma crítica à matriz teórica da Medicina Narrativa e do que tem sido conhecido como Humanidades Médicas. Pretende-se mostrar que tornar narrativas de pacientes um objeto privilegiado de estudo dos profissionais da saúde e utilizar de métodos quantitativos para medir sua eficiência ou, por fim, considerá-las mero instrumento para se atingir metas terapêuticas ou mesmo acolhimento, é empobrecer o debate no campo do que Hydén e Mishler chamaram de “Linguagem e Medicina”. Por outro lado, submeter o encontro clínico à exclusividade de uma análise linguística é insuficiente, se considerarmos a ciência biomédica que o legitima. Uma (ainda) utópica teoria da comunicação em saúde teria que, para atender a tais demandas, dar conta de todas as aporias e contingências da linguagem que o encontro clínico proporciona e, além disso, acomodar a potência colossal representada pelo discurso científico na sociedade moderna. Tais questionamentos nos remetem às relações entre epistemologia e ética que estão, desde sempre, no âmago da medicina. Trata-se, portanto, de procurar especificamente por linhas de pensamento que sejam estruturadas, ou bem como teorias da linguagem que terminam por desaguar em uma ética do encontro, ou, bem contrariamente, como filosofias que, a partir da interação ética entre indivíduos e de uma matriz linguística dela derivada, compõem uma teoria do conhecimento.Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Carlos Eduardo Pompilio
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).