Não somos Iracema: a imagem da mulher indígena sendo (re)escrita nas artes e nas literaturas

Autores

  • Ellen Cristine Cruz de Lima Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.i1.199345

Palavras-chave:

colonialismo, representação, indígena, mulheres , Yacunã Tuxá

Resumo

A colonização criou diversas imagens sobre sujeitos indígenas e essas representações mitificaram e reduziram suas subjetividades ao passar dos tempos. No caso da mulher indígena, esse imaginário se configurou de forma ainda mais problemática, porque, além da inscrição em uma lógica colonial binária, esses corpos foram historicamente construídos e fixados sobre os modelos de uma sociedade patriarcal. Este trabalho apresenta uma leitura diversa a essas fabricações por meio da obra Não somos Iracema da artista e ilustradora Yacunã Tuxá, indígena do povo Tuxá, que questiona esses paradigmas e apresenta um olhar questionador e contemporâneo em suas obras.

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Biografia do Autor

  • Ellen Cristine Cruz de Lima, Universidade do Minho
    Doutoradomento em Modernidades Comparadas: Literaturas, Artes e Culturas, pela Universidade do Minho, Portugal.      

Referências

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Publicado

2024-04-30

Edição

Seção

Dossiê 44: Colonialismo/orientalismo: figuras e figurações do Império em narrati

Como Citar

LIMA, Ellen Cristine Cruz de. Não somos Iracema: a imagem da mulher indígena sendo (re)escrita nas artes e nas literaturas. Via Atlântica, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 709–735, 2024. DOI: 10.11606/va.i1.199345. Disponível em: https://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/199345.. Acesso em: 15 maio. 2024.