Mulheres em série(s): presenças e materialidades femininas em ficções seriadas contemporâneas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2024.226043Palavras-chave:
Mulheres, teoria e crítica feminista contemporâneas, ficções seriadasResumo
Este artigo busca evidenciar, a partir de uma escrita coletiva e fruto de dissertações desenvolvidas no grupo de pesquisa Comunicação, Imagem e Afeto (Cia/UFES), presenças e materializações de representatividades femininas ligadas às lesbianidades, à aparência e ao envelhecimento de corpos femininos, à solidão da mulher negra e à cultura do estupro em recentes produções audiovisuais. Tomam-se tais reflexões como pertinentes para a contribuição do campo de pesquisa interdisciplinar entre Teoria e Crítica Feminista Contemporâneas e os Estudos das Audiovisualidades, em especial sobre a ficção seriada. As obras abordadas são a telenovela Vai na fé, do ano de 2023, de Rosane Svartman, e as séries And Just Like That, do ano de 2021, de Darren Star e colaboradores, Insecure, de 2016, de Issa Rae, e The Handmaid’s Tale, de 2017, de Margareth Atwood e colaboradores. O principal objetivo é trazer para o primeiro plano experiências femininas diversas, a partir da metodologia de análise da narrativa seriada de Balogh e Moura. Nota-se que as obras analisadas fazem parte de um cenário da narrativa seriada marcado por maior protagonismo feminino em tela, mesmo que ainda insuficiente no que tange à interseccionalidade.
Downloads
Referências
AND JUST Like That. Direção: Michael Patrick King. [S. l.]: Max, 2021.
BALOGH, A. M. O discurso ficcional na TV: sedução e sonho em doses homeopáticas. São Paulo: EDUSP, 2002.
BEAUVOIR, S. A velhice. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1970.
BIBLE GATEWAY. Gênesis 30: 1-3. 2024. Disponível em: https://www.biblegateway.com/passage/?search=Genesis%2030&version=NIV. Acesso em: 6 jun. 2024.
BROWNMILLER, S. Against our will: men, women and rape. New York: Open Road Integrated Media, 1975.
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. São Paulo: José Olympio, 2018.
BUTLER, J. Desfazendo gênero. São Paulo: Editora Unesp, 2022.
CARNEIRO, S. Escritos de uma vida. São Paulo: Pólen Livros, 2019.
CARRILLO, J. Entrevista com Preciado. Poiésis, [s. l.], v. 11, n. 15, p. 47-71, 2010.
DE LAURETIS, T. La tecnología del género. Mora, [s. l.], v. 2, p. 6-34, 1996.
FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2023.
FERREIRA, H. et al. Elucidando a prevalência de estupro no Brasil a partir de diferentes bases de dados. Brasília, DF: Ipea, 2023.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2014.
GOLDENBERG, M. Corpo, envelhecimento e felicidade na cultura brasileira. Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 77-85, 2011.
HOOKS, b. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Elefante, 2019.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios: características gerais dos moradores, 2020-2021. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.
INSECURE. Direção: Debbie Allen, Kevin Bray e Melina Matsoukas. [S. l.]: Max, 2016.
SOCIEDADE INTERNACIONAL DE CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA ISAPS. ISAPS International survey on aesthetic/cosmetic procedures performed in 2022. Mount Royal: ISAPS, 2023.
LOPES, M. I. V. Telenovela: internacionalização e interculturalidade. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
MACHADO, A. A televisão levada a sério. São Paulo: Senac, 2000.
MAFFESOLI, M. O imaginário é uma realidade. Revista Famecos, Porto Alegre, v. 8, n. 15, p. 74-82, 2001.
MIRANDA, M. Mediações: telenovelas e sexualidades como elementos de condensações de sentidos híbridos entre a hegemonia e a resistência. Razón y Palabra, [s. l.], n. 77, 2011.
MOURA, L. Como analisar filmes e séries na era do streaming. São Paulo: Editora Summus, 2023.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – OPAS. Relatório mundial sobre o idadismo. Washington, DC: OPAS, 2022.
PENAFRIA, M. Análise de Filmes – conceitos e metodologia(s). In: CONGRESSO SOPCOM, 6., Lisboa, 2009. Anais […]. Lisboa: SOPCOM, 2009.
SERVIN’. Intérprete: Audio Push e Bmacthequeen. In: THE STONE Junction. Intérprete: Audio Push. Santa Monica: Interscope Records, 2016. 1 CD (3 min).
SIJILL, J. Narrativa cinematográfica: contando história com imagens em movimento. As 100 convenções mais importantes do mundo do cinema que todo cineasta precisa conhecer. São Paulo: Martins Fontes, 2017.
SILVA, M. V. B. Cultura das séries: forma, contexto e consumo de ficção seriada na contemporaneidade. Galáxia, São Paulo, n. 27, p. 241-252, 2014.
THE HANDMAID’S TALE. Direção: Elisabeth Moss. [S. l.]: Hulu, 2017.
VANOYE, F.; GOLIOT-LÉTÉ, A. Ensaio sobre a análise fílmica. 2. ed. Campinas: Papirus, 2002.
WITTIG, M. O pensamento hétero e outros ensaios. São Paulo: Autêntica, 2022.
WOLF, N. O mito da beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Gabriela Santos Alves, Claudia Garcia, Dyone Arruda Cypriano, Raabe Bastos, Regina Lúcia Trindade Costa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Declaro a total e irrestrita cessão de direitos autorais sobre o texto enviado para publicação na Rumores – Revista Online de Comunicação, Linguagem e Mídias. Entendo que o conteúdo do artigo é de minha inteira responsabilidade, inclusive cabendo a mim a apresentação de permissão para uso de imagens, ilustrações, tabelas, gráficos de terceiros que, porventura, venham a integrá-lo.