Sarau Asas Abertas: memórias e resistência em forma de imagens visuais e de poemas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2021.183750Palavras-chave:
Literatura, Resistência, Memória, Penitenciária Feminina da CapitalResumo
Analisamos, neste artigo, o livro Sarau Asas Abertas, coletânea de poemas de mulheres aprisionadas na Penitenciária Feminina da Capital (PFC), publicada em 2019 pelo Coletivo Poetas do Tietê. Contextualizamos o estado atual do sistema prisional brasileiro com dados concretos, fundamentais para a compreensão da condição das mulheres em situação de privação de liberdade. Com o suporte de autores que vão da literatura à memória social, identificamos estratégias de resistência à invisibilidade e ao silenciamento por meio de seus textos e das imagens visuais que compõem suas capas e contracapas. Chamamos atenção, ainda, para a importância de iniciativas que priorizam grupos sociais excluídos e estigmatizados nas e pelas mídias e sua contribuição para a problematização da memória pública.
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