Correlação do perfil de deambulação e velocidade da marcha em um grupo de pacientes hemiplégicos atendidos em um centro de reabilitação

Autores

  • Ana Cristina Franzoi Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Nelson Shigueru Kagohara Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v14i2a102792

Palavras-chave:

Hemiplegia, Atividades Cotidianas, Centros de Reabilitação

Resumo

A marcha de pacientes com hemiplegia é caracterizada por diminuição da velocidade e assimetria, trazendo limitações às atividades e restrições da participação social deste indivíduo. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil funcional da deambulação deste grupo de pacientes, correlacionando-o à velocidade da marcha. Métodos: Foram avaliados 87 pacientes utilizando a Classificação Funcional da Marcha Modificada (CFMM), velocidade da marcha em 10 metros sendo identificada a necessidade de auxílio de terceiros e o uso de transporte público. Análise estatística: descritiva, comparação entre grupos e testes de correlações (p≤0,05). Resultados: 49 homens, idade média 54 anos, tempo médio de lesão 33 meses. Três pacientes realizavam marcha terapêutica, 10 marcha domiciliar, 29 comunitária restrita, 43 comunitária e 2 marcha normal. Em relação a assistência à marcha: 38 pacientes necessitavam de auxílio de terceiros ou supervisão, 45 utilizavam transporte público, 59 não utilizavam apoio. A velocidade de marcha foi diferente entre os grupos divididos pelos tipos funcionais de marcha, necessidade de auxílio de terceiros e uso de transporte público, se correlacionando com idade, CFMM, assistência de terceiros e uso de transporte público.Conclusão: 85% da amostra realizavam marcha comunitária, mas somente 55% o faziam de maneira independente. Houve correlação entre a velocidade e as categorias funcionais de marcha estudadas, sendo estabelecidos limiares de velocidades de marcha para os diferentes grupos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Hsu AL, Tang PF, Jan MH. Analysis of impairments influencing gait velocity and asymmetry of hemiplegic patients after mild to moderate stroke. Arch Phys Med Rehabil.2003;84(8):1185-93.

Brandstater ME, de Bruin H, Gowland C, Clark BM. Hemiplegic gait: analysis of temporal variables. Arch Phys Med Rehabil. 1983;64(12):583-7.

Lord SE, McPherson K, McNaughton HK, Rochester L, Weatherall M. Community ambulation after stroke: how important and obtainable is it and what measures appear predictive? Arch Phys Med Rehabil. 2004;85(2):234-9.

Perry J, Garrett M, Gronley JK, Mulroy SJ. Classification of walking handicap in the stroke population. Stroke. 1995;26(6):982-9.

Robinett CS, Vondran MA. Functional ambulation velocity and distance requirements in rural and urban communities. A clinical report. Phys Ther. 1988;68(9):1371-3.

Wade DT, Wood VA, Heller A, Maggs J, Langton Hewer R. Walking after stroke. Measurement and recovery over the first 3 months. Scand J Rehabil Med. 1987;19(1):25-30.

Viosca E, Martínez JL, Almagro PL, Gracia A, González C. Proposal and validation of a new functional ambulation classification scale for clinical use. Arch Phys Med Rehabil. 2005;86(6):1234-8.

Kollen B, Kwakkel G, Lindeman E. Time dependency of walking classification in stroke. Phys Ther. 2006;86(5):618-25.

Publicado

2007-06-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Franzoi AC, Kagohara NS. Correlação do perfil de deambulação e velocidade da marcha em um grupo de pacientes hemiplégicos atendidos em um centro de reabilitação. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de junho de 2007 [citado 17º de maio de 2024];14(2):78-81. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102792