Melhora na qualidade de vida e da dor referida em trabalhadores com síndrome do impacto após aplicação do método Isostretching

Autores

  • Érica Carvalho Barbosa Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Claudia Maria Peres Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Sérgio Roberto de Lucca Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • José Inácio de Oliveira Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20120028

Palavras-chave:

Dor, Qualidade de Vida, Síndrome de Colisão do Ombro, Trabalhadores

Resumo

Entre os Distúrbios Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT), a Síndrome do Impacto do ombro (SI) é a principal causa de incapacidade para o trabalho. Além do afastamento do trabalho, muitos casos necessitam de tratamento fisioterapêutico. O método Isostretching pode ser uma das alternativas e pode contribuir para a melhora da qualidade de vida dos trabalhadores com SI. Objetivo: Verificar os efeitos da aplicação de um protocolo de tratamento baseado no método Isostretching, em indivíduos portadores de SI, na melhora da qualidade de vida e intensidade da dor. Método: Mediante a analise de prontuários de pacientes, em tratamento no ambulatório de medicina do trabalho e outros ambulatórios da Unicamp, foram selecionados 30 voluntários, submetidos á aplicação de 12 sessões de fisioterapia com o método Isostretching, durante 6 semanas. Os voluntários foram avaliados antes e após o protocolo proposto através do questionário de qualidade de vida SF-36 e escala visual numérica de dor. Os dados foram analisados mediante uma análise de variâncias (ANOVA), o qual foi realizado através do software R, versão 2.12.0. Resultados: Os obtidos no questionário de qualidade de vida SF-36 mostraram diferenças estatisticamente significantes (p < 0,05) para a maioria dos domínios. Na escala visual numérica, de zero a dez, o valor médio foi de 6,63 pré-tratamento e, no pós-tratamento foi de 3,23 pontos, foi significativo (p < 0,05). Conclusão: O protocolo proposto foi eficaz na melhora da qualidade de vida e na diminuição do quadro álgico do grupo de voluntários estudado.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Maciel ACC, Fernandes MB, Medeiros LS. Prevalência e fatores associados à sintomatologia dolorosa entre profissionais da indústria têxtil. Rev Bras Epidemiol. 2006;9(1):94-102.

Mendes R, Waissmann W. Aspectos históricos da patologia do trabalho. In: Mendes R. Patologia do trabalho. São Paulo: Atheneu; 2001.p.3-46.

Martins GC, Barreto SMG. Vivências de ginástica laboral e melhoria da qualidade de vida do trabalhador: resultados apresentados por funcionários administrativos do instituto de física da Universidade de São Paulo (Campus São Carlos). Motriz. 2007;13(3):214-24.

Resende MCF, Tedeschi CM, Bethonico FP, Martins TTM. Efeitos da ginástica laboral em funcionários de teleatendimento. Acta Fisiatr. 2007;14(1):25-31.

Araújo MA, Paula MVQ. LER/DORT: um grave problema de saúde pública que acomete os cirurgiões-dentistas. Rev APS. 2003;6(2):87-93.

Brasil. Acompanhamento mensal dos benefícios auxílios-doença acidentários concedidos, segundo os códigos da CID-10: janeiro a dezembro de 2011 [texto na Internet]. Brasília: Ministério da Previdência Social; c2011. Disponível em: http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_120116-091746-203.pdf.

Lech OLC. Ombro e cotovelo. In: Hebert S, Xavier R. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. Porto Alegre: Artmed; 1998. p.82-101.

Godinho GG. Princípios da anatomia funcional e biomecânica do ombro. In: Moreira C, Carvalho MAP. Reumatologia: diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Medsi; 2001: p.161-84.

Whiting WC, Zernicke RF. Lesões das extremidades superiores. In: Whiting WC, Zernicke RF. Biomecânica das lesões musculoesqueléticas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. p. 167-92.

Neer CS 2nd. Anterior acromioplasty for the chronic impingement syndrome in the shoulder: a preliminary report. J Bone Joint Surg Am. 1972;54(1):41-50.

Przysiezny WL. Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho: um enfoque ergonômico. Dynamis. 2000;31(8):19-34.

Cummins CA, Sasso LM, Nicholson D. Impingement syndrome: temporal outcomes of nonoperative treatment. J Shoulder Elbow Surg. 2009;18(2):172-7.

Neer CS 2nd. Impingement lesions. Clin Orthop Relat Res. 1983;(173):70-7.

Redondo B. Isostretching: a ginástica da coluna. Piracicaba: Skin Direct Store; 2001.

Lehmkuhl LD. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. São Paulo: Manole; 1991.

Kendall FP. Músculos provas e funções. 5 ed. Barueri: Manole; 2007.

Lech O, Valenzuela Neto C, Severo A. Tratamento conservador nas lesões parciais e completas manguito rotador. Act Ortop Bras. 2000;8(3):144-56.

Bernhardsson S, Klintberg IH, Wendt GK. Evaluation of an exercise concept focusing on eccentric strength training of the rotator cuff for patients with subacromial impingement syndrome. Clin Rehabil. 2011;25(1):69-78.

Kelly SM, Wrightson PA, Meads CA. Clinical outcomes of exercise in the management of subacromial impingement syndrome: a systematic review. Clin Rehabil. 2010;24(2):99-109.

Dickens VA, Williams JL, Bhamra MS.Role of physiotherapy in the treatment of subacromial impingemet syndrome: a prospestive study. Physiotherapy. 2005;91:159-64.

Burkhead WZ Jr, Rockwood CA Jr. Treatment of instability of the shoulder with an exercise program. J Bone Joint Surg Am. 1992;74(6):890-6.

Lima GCS, Barboza EM, Alfieri FM. Análise da funcionalidade e da dor de indivíduos portadores de síndrome do impacto, submetidos à intervenção fisioterapêutica. Fisioter Movim. 2007;20(1):61-9.

Morelli RSS, Vulcano DR. Princípios e procedimentos utilizados na reabilitação das doenças do ombro. Rev Bras Ortop. 1993;28(9):653-6.

Roy JS, Moffet H, Hébert LJ, Lirette R. Effect of motor control and strengthening exercises on shoulder function in persons with impingement syndrome: a single-subject study design. Man Ther. 2009;14(2):180-8.

Melchior FO. Efeitos da ginástica postural global - Isostretching - na recuperação dos movimentos do braço homolateral à cirurgia de câncer de mama [dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2007.

Kapandji AI. Fisiologia articular: esquemas comentados de mecânica humana. 5 ed. Rio de Janeiro: Médica Panamericana; 2000.

Lombardi I Jr, Magri AG, Fleury AM, Da Silva AC, Natour J. Progressive resistance training in patients with shoulder impingement syndrome: a randomized controlled trial. Arthritis Rheum. 2008;59(5):615-22.

Lázaro FTO, Bertolini GRF, Nakayama GK. Tratamento fisioterapêutico em pacientes acometidos por lesões e alterações cinésio-funcionais do manguito rotador. Arq Ciênc Saúde Unipar. 2004;8(1):73-7.

Senbursa G, Baltaci G, Atay A. Comparison of conservative treatment with and without manual physical therapy for patients with shoulder impingement syndrome: a prospective, randomized clinical trial. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc. 2007;15(7):915-21.

Camargo PR, Avila MA, Alburquerque-Sendín F, Asso NA, Hashimoto LH, Salvini TF. Eccentric training for shoulder abductors improves pain, function and isokinetic performance in subjects with shoulder impingement syndrome: a case series. Rev Bras Fisioter. 2012;16(1):74-83.

Publicado

2012-09-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Barbosa Érica C, Peres CM, Lucca SR de, Oliveira JI de. Melhora na qualidade de vida e da dor referida em trabalhadores com síndrome do impacto após aplicação do método Isostretching. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de setembro de 2012 [citado 7º de maio de 2024];19(3):178-83. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103712