O perfil e as adaptações sexuais de homens após a lesão medular
DOI:
https://doi.org/10.5935/0104-7795.20140035Palavras-chave:
Traumatismos da Medula Espinal, Comportamento Sexual, HomensResumo
Lesão medular (LM) consiste em qualquer tipo de lesão nos elementos neurais do canal medular, acarretando inúmeros comprometimentos, sendo a alteração nos padrões da resposta sexual um deles, condicionada por fatores físicos, psíquicos e sociais. Em função destas alterações, os pacientes necessitam realizar adaptações sexuais para manterem a atividade sexual. Objetivo: Verificar o perfil e adaptações sexuais de homens após a LM e associar o diagnóstico neurofuncional com frequência sexual, ereção, uso de adaptação, tipo de adaptação, e a utilização de adaptação com frequência e satisfação sexual após a lesão. Método: Trata-se de um estudo transversal com 36 homens lesados medulares que foram entrevistados por meio do questionário (QSH-LM). Resultados: Média de idade é 36,64 anos com prevalência decorrente de acidente de trânsito, de paraplegia e de lesão medular completa. Após a LM, 52,8% estão casados, 75,5% mantém atividade sexual sendo que 44,4% têm menos de 1 relação sexual/semana, 80,6% estão satisfeitos sexualmente, 50,0% têm ereção, 38,9% ejaculação e 44,4% orgasmo. Quanto ao uso de adaptação para ter/manter a ereção, 61,1% utilizam, sendo 25,5% por não conseguirem manter a ereção e 22% optam pelo anel peniano. Houve associação significativa de que paraplégicos utilizam adaptações com mais frequência e preferem o anel peniano e pacientes que utilizam adaptação sexual tem maior frequência sexual e estão satisfeitos sexualmente (p = 0,02). Conclusão: Através deste trabalho podem-se conhecer o perfil sexual dos pacientes após a LM e as adaptações sexuais mais utilizadas, resultados que subsidiam informações que poderão auxiliar os profissionais de saúde a acompanharem e orientarem de maneira adequada os seus pacientes.
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