Perfil epidemiológico de crianças diagnosticadas com paralisia cerebral atendidas no Centro de Reabilitação Lucy Montoro de São José dos Campos

Autores

  • Carolina Abud Weber de Toledo Centro de Reabilitação Lucy Montoro/Unidade São José dos Campos
  • Cinthia Hermínia Carvalho Nascimento Pereira Centro de Reabilitação Lucy Montoro/Unidade São José dos Campos
  • Marilia Menezes Vinhaes Centro de Reabilitação Lucy Montoro/Unidade São José dos Campos
  • Maria Izabel Romão Lopes Centro de Reabilitação Lucy Montoro/Unidade São José dos Campos
  • Maria Angélica Ratier Jajah Nogueira Centro de Reabilitação Lucy Montoro/Unidade São José dos Campos

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20150023

Palavras-chave:

Paralisia Cerebral, Perfil de Saúde, Centros de Reabilitação, Modalidades de Fisioterapia

Resumo

A Paralisia Cerebral é um distúrbio da postura e do movimento decorrente de uma lesão cerebral podendo resultar em comprometimentos neuromotores, geralmente associados à gravidade da sequela e idade da criança. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico das crianças diagnosticadas com Paralisia Cerebral atendidas no Centro de Reabilitação Lucy Montoro de São José dos Campos. Método: Foram revisados 83 prontuários no período de dezembro de 2011 até dezembro de 2014. Foram verificados os fatores como idade, gênero, procedência, realização prévia de fisioterapia, tipos de paralisia cerebral de acordo com a distribuição anatômica, crises convulsivas, órteses, aplicação de toxina botulínica, meios auxiliares de locomoção, pontuação no GMFM e nível no GMFCS. Resultados: Houve predominância do gênero masculino (55%) e com faixa etária de 4 a 6 anos (32%). A maioria foi proveniente de São José dos Campos (33 indivíduos). Quanto aos tipos de Paralisia Cerebral observamos maior prevalência para tetraplegia e diplegia (43% cada); 61% dos pacientes não apresentaram crises convulsivas e 30% aplicaram toxina botulínica. Os que faziam uso de meios auxiliares de locomoção totalizaram 41%. A pontuação prevalente do GMFM foi de 0 a 25% (22 indivíduos) e a maioria dos pacientes (29%) classificados como nível IV no GMFCS. Conclusão: São necessários mais estudos que definam o perfil epidemiológico das crianças com Paralisia Cerebral para melhor caracterização desta população e direcionamento de futuras pesquisas

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Publicado

2015-09-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Toledo CAW de, Pereira CHCN, Vinhaes MM, Lopes MIR, Nogueira MARJ. Perfil epidemiológico de crianças diagnosticadas com paralisia cerebral atendidas no Centro de Reabilitação Lucy Montoro de São José dos Campos. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de setembro de 2015 [citado 27º de abril de 2024];22(3):118-22. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/114518