Parâmetros espirométricos podem predizer a incidência de fragilidade em pessoas idosas?

Autores

  • Ariana Oliveira Santos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Marcos Henrique Fernandes Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Patrícia Honório Silva Santos Centro de Ensino Superior de Ilhéus
  • Thaís Alves Brito Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Raildo da Silva Coqueiro Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • José Ailton Oliveira Carneiro Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v30i3a213951

Palavras-chave:

Idoso, Fragilidade, Espirometria, Estudos Longitudinais

Resumo

Objetivo: Verificar a associação entre indicadores espirométricos e a incidência da síndrome de fragilidade em pessoas idosas. Métodos: Trata-se de um estudo com delineamento longitudinal realizado em 2014-2019, com uma amostra de estudo de 104 pessoas idosas. A variável dependente foi a síndrome de fragilidade, avaliada por meio do fenótipo de Fried et al. e as variáveis independentes foram os indicadores espirométricos, sendo eles a Capacidade Vital Forçada (CVF), Pico de Fluxo Expiratório (PFE), Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1), relação VEF1/CVF e o Fluxo Expiratório Forçado 25%-75% (FEF25-75%). Resultados: A incidência de pessoas idosas frágeis foi de 16,3% em ambos os sexos, sendo que o sexo masculino apresentou melhores indicadores de função pulmonar que as mulheres. Apesar disso, observamos que não houve associação entre a síndrome de fragilidade e os indicadores espirométricos (p>0,05). Conclusão: Os indicadores espirométricos não são preditores de fragilidade em pessoas idosas residentes na comunidade, após cinco anos de seguimento.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001;56(3):M146-56. Doi: https://doi.org/10.1093/gerona/56.3.m146

Li X, Ploner A, Karlsson IK, Liu X, Magnusson PKE, Pedersen NL, et al. The frailty index is a predictor of cause-specific mortality independent of familial effects from midlife onwards: a large cohort study. BMC Med. 2019;17(1):94. Doi: https://doi.org/10.1186/s12916-019-1331-8

Costa RO, Ritti-Dias RM, Cucato GG, Cendoroglo MS, Nasri F, Costa MLM, et al. Association between respiratory capacity, quality of life and cognitive function in elderly individuals. Einstein (Sao Paulo). 2019;17(1):eAO4337. Doi: https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019AO4337

Trindade AM, Sousa TLF, Albuquerque ALP A interpretação da espirometria na prática pneumológica: até onde podemos avançar com o uso dos seus parâmetros? Pulmão RJ. 2015;24(1):3-7.

Magave JA, Bezerra SJS, Matos AP, Pinto ACPN, Pegorari MS, Ohara DG. Peak expiratory flow as an index of frailty syndrome in older adults: a cross-sectional study. J Nutr Health Aging. 2020;24(9):993-8. Doi: https://doi.org/10.1007/s12603-020-1423-3

Queiroz RS, Carneiro JAO, Fagundes LC, Brito TA, Coqueiro RS, Fernandes MH. The FEV1/FVC ratio is not predictive of frailty syndrome in the elderly. J Nurs UFPE on line. 2017;11(4):1779-83.

Charles A, Buckinx F, Cataldo D, Rygaert X, Gruslin B, Re-ginster JY, et al. Relationship between peak expiratory flow and incidence of frailty, deaths and falls among nursing home residents: results of the SENIOR cohort. Arch Gerontol Geriatr. 2019;85:103913. Doi: https://doi.org/10.1016/j.archger.2019.103913

Fragoso CAV, Enright PL, McAvay G, Van Ness PH, Gill TM. Frailty and respiratory impairment in older persons. Am J Med. 2012;125(1):79-86. Doi: https://doi.org/10.1016/j.amjmed.2011.06.024

Vandenbroucke JP, von Elm E, Altman DG, Gøtzsche PC, Mulrow CD, Pocock SJ, et al. Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE): explanation and elaboration. PLoS Med. 2007;4(10):e297. Doi: https://doi.org/10.1371/journal.pmed.0040297

Albala C, Lebrão ML, León Díaz EM, Ham-Chande R, Hennis AJ, Palloni A, et al. Encuesta Salud, Bienestar y Envejecimiento (SABE): metodología de la encuesta y perfil de la población estudiada. Rev Panam Salud Publica. 2005;17(5-6):307-22. Doi: https://doi.org/10.1590/s1020-49892005000500003

Icaza MG, Albala C. Minimental State Examinations (MMSE) del estudio de demencia en Chile: analisis estadístico. Washington, D.C; Organización Panamericana de la Salud; 1999.

Pfeffer RI, Kurosaki TT, Harrah CH Jr, Chance JM, Filos S. Measurement of functional activities in older adults in the community. J Gerontol. 1982;37(3):323-9. Doi: https://doi.org/10.1093/geronj/37.3.323

Brasil. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006. [Cadernos de Atenção Básica, n.19]

Benedetti TB, Mazo GZ, Barros MVG. Aplicação do Questionário Internacional de Atividades Físicas para avaliação do nível de atividades físicas de mulheres idosas: validade concorrente e reprodutibilidade teste-reteste. Rev Bras Ciênc Mov. 2004;12(1):25-34.

Benedetti TRB, Antunes PC, Rodriguez-Añez CR, Mazo GZ, Petroski EL. Reprodutibilidade e validade do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) em homens idosos. Rev Bras Med Esporte. 2007;13(1):11–6. Doi: https://doi.org/10.1590/S1517-86922007000100004

Almeida OP, Almeida SA. Confiabilidade da versão brasileira da escala de depressão em geriatria (GDS) versão reduzida. Arq Neuropsiquiatr. 1999;57(2B):421-6. Doi: https://doi.org/10.1590/s0004-282x1999000300013

Figueiredo IM, Sampaio RF, Mancini MC, Silva FCM, Souza MAP. Teste de força de preensão utilizando o dinamômetro Jamar. Acta Fisiátr. 2007;14(2):104-10. Doi: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20070002

American Academy of Family Physicians. American Dietetic Association, National Council on the Aging. Nutrition screening and intervention resources for healthcare professionals working with older adults. Nutrition Screening Initiative 2002. Washington (DC): American Dietetic Association; 2002.

Alvarado BE, Zunzunegui MV, Béland F, Bamvita JM. Life course social and health conditions linked to frailty in Latin American older men and women. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2008;63(12):1399-406. Doi: https://doi.org/10.1093/gerona/63.12.1399

Guralnik JM, Simonsick EM, Ferrucci L, Glynn RJ, Berkman LF, Blazer DG, et al. A short physical performance battery assessing lower extremity function: association with self-reported disability and prediction of mortality and nursing home admission. J Gerontol. 1994;49(2):M85-94. Doi: https://doi.org/10.1093/geronj/49.2.m85

World Health Organization. WHO guidelines on physical activity and sedentary behaviour: at a glance. Geneva: World Health Organization; 2020.

Souza RB. Pressões respiratórias estáticas máximas. J Pneumol. 2002;28(13 Suppl):S155-S165.

Townsend MC, Hankinson JL, Lindesmith LA, Slivka WA, Stiver G, Ayres GT. Is my lung function really that good? Flowtype spirometer problems that elevate test results. Chest. 2004;125(5):1902-9. Doi: https://doi.org/10.1378/chest.125.5.1902

Katz S, Ford AB, Moskowitz RW, Jackson BA, Jaffe MW. Studies of Illness in the Aged. The index of ADL: a standardized measure of biological and psychosocial function. JAMA. 1963;185:914-9. Doi: https://doi.org/10.1001/jama.1963.03060120024016

Lawton MP, Brody EM. Assessment of older people: self-maintaining and instrumental activities of daily living. Gerontologist. 1969;9(3):179-86. Doi: https://doi.org/10.1093/geront/9.3_Part_1.179

Hoeymans N, Feskens EJ, van den Bos GA, Kromhout D. Measuring functional status: cross-sectional and longitudinal associations between performance and self-report (Zutphen Elderly Study 1990-1993). J Clin Epidemiol. 1996;49(10):1103-10. Doi: https://doi.org/10.1016/0895-4356(96)00210-7

Fortes MSR, Marson RA, Martinez EC. Comparação de desempenho físico entre homens e mulheres: revisão de literatura. Rev Min Educ Fís. 2015;23(2):54-69.

Lowery EM, Brubaker AL, Kuhlmann E, Kovacs EJ. The aging lung. Clin Interv Aging. 2013;8:1489-96. Doi: https://doi.org/10.2147/CIA.S51152

Bone AE, Hepgul N, Kon S, Maddocks M. Sarcopenia and frailty in chronic respiratory disease. Chron Respir Dis. 2017;14(1):85-99. Doi: https://doi.org/10.1177/1479972316679664

Barbosa SR, Mansur HN, Colugnati FAB. Impactos da Fragilidade sobre desfechos negativos em saúde de idosos brasileiros. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2017;20(6):836-44. Doi: https://doi.org/10.1590/1981-22562017020.170069

Batko-Szwaczka A, Dudzińska-Griszek J, Hornik B, Janusz-Jenczeń M, Włodarczyk I, Wnuk B, et al. Frailty phenotype: evidence of both physical and mental health components in community-dwelling early-old Adults. Clin Interv Aging. 2020;15:141-150. Doi: https://doi.org/10.2147/CIA.S238521

Santos NLO, Pegorari MS, Silva CFR, Jamami M, Matos AP, Pinto ACPN, et al. Pulmonary function as a predictor of frailty syndrome in community-dwelling older adults. J Geriatr Phys Ther. 2023;46(1):64-70. Doi: https://doi.org/10.1519/JPT.0000000000000315

Publicado

2023-09-30

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Santos AO, Fernandes MH, Santos PHS, Brito TA, Coqueiro R da S, Carneiro JAO. Parâmetros espirométricos podem predizer a incidência de fragilidade em pessoas idosas?. Acta Fisiátr. [Internet]. 30º de setembro de 2023 [citado 11º de maio de 2024];30(3):166-72. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/213951