NOVA CLASSE MÉDIA UM PÚBLICO COM 17 NOMES DIFERENTES PARA O GOVERNO FEDERAL: O CASO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL E DOS IMPASSES COMUNICACIONAIS CRIADOS PELA POLÍTICA PÚBLICA DE COMUNICAÇÃO (SECOM/PR) E DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS (SAE/PR) (2011-2016)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-1507.v28i2p728-762

Palavras-chave:

Comunicação Estratégica. Comunicação Organizacional. CAIXA. Nova Classe Media. Políticas Públicas., Comunicação Estratégica, Comunicação Organizacional, CAIXA, Nova Classe Media, Políticas Públicas

Resumo

durante o governo Dilma Rousseff (2011-2016), a CAIXA visava ser o banco da Nova Classe Média. Em uma abordagem sistêmico-discursiva, na qual a organização é entendida como discurso feito ante a um público, percebe-se que Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Secretaria de Comunicação (SECOM/PR) e CAIXA designavam a Nova Classe Média de modos díspares e não-alinhados estrategicamente, do ponto de vista comunicacional. A partir do estudo exploratório, qualitativo, documental de 10 ações estratégicas, táticas e operacionais o artigo identifica ocorrência de 17 outras denominações para este público de Nova Classe Média. Essa confusão se dá pelo fato dos conceitos de “classe” em Filosofia Política e de “classe média” em Sociologia serem um tanto controversos e de difícil aplicação em gestão. Além disso, fusões com a ideia de “classe econômica” (A, B, C, D, E) e neologismos adotados por gestores de políticas públicas criaram um cenário comunicacional confuso, no qual, o banco e o Estado tentavam dialogar com um público chamando-o por diversos nomes.

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Biografia do Autor

  • Fabíola de Araújo Machado, Universidade Católica de Brasília

    Mestre em Comunicação (2015, UCB), especialista em Gestão Estratégica da Comunicação (2011, PUCMinas) e profissional de Turismo (2008, PUCMinas). Funcionária da Gerência de Publicidade e Propaganda (GEPUP), Diretoria de Marketing e Comunicação (DEMAC). É a primeira funcionária da Caixa Econômica Federal, no país, a receber financiamento da instituição para cursar mestrado stricto sensu em Comunicação, na condição de bolsista. Sendo a tradição no setor bancário ser de financiamento apenas para bolsas em mestrado profissional nas áreas de Administração, Economia, Direito, Contabilidade e Tecnologia da Informação.

  • Robson Dias, Universidade Católica de Brasília

    Jornalista, mestre e doutor em Comunicação. Professor e pesquisador do mestrado em Comunicação da Universidade Católica de Brasília (PPGCOM/UCB), linha Processos Comunicacionais nas Organizações. Líder do grupo Prêmios, Indicadores e Estratégias em Comunicação. http://lattes.cnpq.br/8069653382475080http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/2838034439891860

     

  • Victor Márcio Laus Reis Gomes, Universidade Católica de Brasília

    Publicitário, mestre em Administração e doutor em Comunicação. Professor e pesquisador do PPGCOM/UCB, linha Processos Comunicacionais nas Organizações. Líder do grupo de pesquisa: Núcleo de Estudos Comunicacionais da Estratégia (ESTRACOM).

  • João José de Azevedo Curvello, Universidade Católica de Brasília

    Jornalista, mestre e doutor em Comunicação. Professor e pesquisador do curso de Comunicação Organizacional (UnB) e da linha de Teorias e Tecnologias de Comunicação (PPGFAC/UnB). Líder do grupo de Pesquisa em Comunicação Organizacional e Pensamento Sistêmico (COMSiS).

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Publicado

2023-10-16

Como Citar

NOVA CLASSE MÉDIA UM PÚBLICO COM 17 NOMES DIFERENTES PARA O GOVERNO FEDERAL: O CASO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL E DOS IMPASSES COMUNICACIONAIS CRIADOS PELA POLÍTICA PÚBLICA DE COMUNICAÇÃO (SECOM/PR) E DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS (SAE/PR) (2011-2016). (2023). Revista Alterjor, 28(2), 728-762. https://doi.org/10.11606/issn.2176-1507.v28i2p728-762