Politics of Indigestion (Anthropophagy Revisited)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2022.197334Keywords:
Anthropophagy, Denilson Baniwa, Tarsila do Amaral, João Loureiro, Lyz ParayzoAbstract
Anthropophagy was elaborated in the Brazilian context, starting in the 1920’s, upon the idea of violently devouring external references as a defensive strategy against cultural domination. It consisted in the critical assimilation of heterogeneous elements, implying choice, editing and transformation. The notion of indigestion seeks to analyse anthropophagy as a potentially mystifying concept, and therefore, problematic. From a few study cases, this reflection aims to briefly retrace some of anthropophagy historical and present tensions. Indigestion takes consensus as false coverings to hide conflicts in its appearance of docile and homogeneous sociability as the forces of miscegenation (in the 1920’s socio-political debate) and globalization seek to produce.
Downloads
References
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
ALTMAYER, Guilherme. A secagem rápida de Lyz Parayzo. Concinnitas. Rio de Janeiro, Dossiê Mix Education, sobre arte, sensualidade e educação, p. 15-19, 2016. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/concinnitas/article/viewFile/25920%20/18488. Acesso em: 29 abr. 2022.
AMARAL, Aracy. Tarsila: sua obra e seu tempo. 4. ed. São Paulo: Editora 34: Edusp, 2010.
AMARAL, Tarsila do. Catálogo raisonné Tarsila do Amaral. São Paulo: Base 7: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2008, v. 1.
ANDRADE, Oswald de. Manifesto Antropófago. In: ANDRADE, Oswald de. A utopia antropofágica. São Paulo: Secretaria de Cultura, 1990a. p. 47-52.
ANDRADE, Oswald de. Manifesto da Poesia Pau-Brasil. In: ANDRADE, Oswald de. A utopia antropofágica. São Paulo: Secretaria de Cultura, 1990b. p. 41-45.
ANDRADE, Oswald de. Um aspecto antropofágico da cultura brasileira: o homem cordial. In: ANDRADE, Oswald de. A utopia antropofágica. São Paulo: Secretaria de Cultura, 1990c. p. 157-159.
BANIWA, Denilson. ReAntropofagia. The Brooklyn Rail. New York, Feb, 2021. Critics Page. Disponível em: https://brooklynrail.org/2021/02/criticspage/ReAntropofagia. Acesso em: 10 fev. 2021.
BISHOP, Clair. Artificial Hells: participatory art and the politics of spectatorship. London: Verso, 2012.
BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo. São Paulo: Cosac Naify, 1999.
CAMPOS, Augusto de. Revistas re-vistas: os antropófagos. Revista de Antropofagia. Ed. fac-sim. São Paulo: Abril Cultural: Metal Leve S.A., 1975.
CAMPOS, Haroldo de. Da razão antropofágica: diálogo e diferença na cultura brasileira. In: CAMPOS, Haroldo de. Metalinguagem e outras metas: ensaios sobre teoria e crítica literária. São Paulo: Perspectiva, 1992. p. 231-256.
CAMPOS, Haroldo de. Tarsila: uma pintura estrutural. In: AMARAL, Aracy. Tarsila: sua obra e seu tempo. 4. ed. São Paulo: Editora 34: Edusp, 2010. p. 463-464.
CASTRO, Maria. Tanto paulista quanto parisiense: o pensamento racial em A negra. In: OLIVA, Fernando; PEDROSA, Adriano (org.). Tarsila popular. São Paulo: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, 2019. p. 54-67. Catálogo de exposição.
GUALBERTO, Tiago; ROFFINO, Sara. Só a antropofagia nos une? The Brooklyn Rail. New York, Feb. 2021. Critics Page. Disponível em: https://brooklynrail.org/2021/02/criticspage/Cartas-aos-Leitorxs. Acesso em: 8 fev. 2021.
GULLAR, Ferreira. Manifesto Neoconcreto. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, ano 68, n. 66, 21 mar. 1959. Suplemento Dominical (21-22 mar. 1959), p. 4-5. Disponível em: http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=030015_07&pagfis=99953. Acesso em: 29 abr. 2022.
GULLAR, Ferreira. Teoria do não-objeto. In: AMARAL, Aracy (coord.). Projeto construtivo na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: Museu de Arte Moderna; São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 1977. p. 85-94.
HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Império. Rio de Janeiro: Record, 2001.
HARVEY, David. A condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 13. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2008.
IANNI, Octávio. Teorias da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
LIMA, Luiz Costa. Antropofagia e controle do imaginário. Revista Brasileira de Literatura Comparada. Porto Alegre, v. 1, n. 1, p. 62-75, 1991.
LOUREIRO, João. Reprodução Assistida, 2018. Disponível em: https://www.joaoloureiro.info/filter/en/Assisted-reproduction-2018. Acesso em: 30 jan. 2022.
MARINETTI, F. T. Initial Manifesto of Futurism. In: TAYLOR, Joshua C. Futurism. New York: Museum of Modern Art, 1961. p. 124-125.
MOMBAÇA, Jota. A plantação cognitiva. In: ARTE E DESCOLONIZAÇÃO, 2., 2019. [Anais]. São Paulo: MASP, Afterall, 2020. Disponível em: https://assets.masp.org.br/uploads/temp/temp-QYyC0FPJZWoJ7Xs8Dgp6.pdf. Acesso em: 29 abr. 2022.
MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
MOUFFE, Chantal. Quais espaços públicos para práticas de arte crítica? Arte & Ensaios. Rio de Janeiro, n. 27, p. 181-199, 2013.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis: Vozes, 1999.
MUNIZ, Leandro. Museus e galerias revém seus modos expositivos na apresentação de arte indígena. Revista Select, v. 10, n. 50, abr.-jun. 2021. Disponível em: https://www.select.art.br/arte-indigena-como-expor/. Acesso em: 27 abr. 2022.
NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
NUNES, Benedito. A antropofagia ao alcance de todos. In: ANDRADE, Oswald de. A utopia antropofágica. São Paulo: Secretaria de Cultura, 1990. p. 5-39.
NUNES, Benedito. Antropofagia e vanguarda – acerca do canibalismo literário. Literatura e Sociedade, São Paulo, v. 9, n. 7, p. 316-327, 2004. DOI: 10.11606/issn.2237-1184.v0i7p316-327. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ls/article/view/25428. Acesso em: 22 mar. 2022.
OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
OLIVA, Fernando; PEDROSA, Adriano (org.). Tarsila popular. São Paulo: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, 2019. Catálogo de exposição.
PEDROSA, Mário. Arte Ambiental, arte pós-moderna, Hélio Oiticica. In: Dos murais de Portinari aos espaços de Brasília. São Paulo: Perspectiva, 1981. p. 205-209.
PEDROSA, Mário. Brasília, a cidade nova. In: PEDROSA, Mário; ARANTES, Otília (org.). Acadêmicos e Modernos: textos escolhidos III. São Paulo: Edusp, 1998. p. 411-421.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2006.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. 5. ed. São Paulo: Duas Cidades: Editora 34, 2000a.
SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. 4. ed. São Paulo: Duas Cidades: Editora 34, 2000b.
SMALL, Irene V. Plasticidade e reprodução: A negra, de Tarsila do Amaral. In: OLIVA, Fernando; PEDROSA, Adriano (org.). Tarsila popular. São Paulo: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, 2019. p. 38-53. Catálogo de exposição.
XAVIER, Ismail. Alegorias do subdesenvolvimento: cinema novo, tropicalismo, cinema marginal. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
ZILIO, Carlos. Da Antropofagia à Tropicália. Arte & Ensaios. Rio de Janeiro, n. 18, p. 114-147, 2009.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Luiz Renato Montone Pera
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
The responsibility for obtaining written permission to use in the articles materials protected by copyright law lies entirely with the author(s). Ars is not responsible for copyright breaches made by its collaborators.
The authors have the copyrights and grant the journal the right of the first publication, with the article licensed under the Creative Commons BY-CC License.
Licensees have the right to copy, distribute, display, and carry out the work and make derivative works from it, including with commercial purposes, granted that they give the due credit to the author or licensor, as specified by them.
Licensees compromise to inform the appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made.
Respected the terms of the license, the licensors/authors are not allowed to revoke the conditions above mentioned.
After the publication of the articles, the authors keep the copyrights and the rights to republish the text exclusively in unpublished books and collections.