Jajepota ka’aguy rokýre. Being enchanted by forest's sprouts.

Authors

  • Carlos Papá Instituto Maracá
  • Anai Vera Britos Universidade de São Paulo. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v32i2pe215752

Keywords:

Guarani Mbya

Abstract

This article was born from several exchanges of ideas and reflexions between a Guarani Mbya indigenous thinker and a non-indigenous anthropologist about plants, the Atlantic Forest, Guarani language and the Guarani people. We adopted a narrative strategy in multiple voice-records, which brings the thought of Carlos Papá as its protagonist, sharing the Guarani narratives and bringing the originality and relevance of thinker’s stories and analysis about the cosmology of his people. Through plant images and aesthetics of this Guarani thought, we suggest to experience an enchantment with the “sprouts” as a way to understand the Mbya critique of the Western notion of forest and Atlantic Forest. Through our “ethnographic pact”, we bring a cosmopolitical proposal to build bridges between different cultural universes, taking indigenous thought seriously, that requires us learning to dance and infiltrate the world in a more respectful way, acquiring awareness to germinate other ways to exist.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Carlos Papá, Instituto Maracá

    É do povo Guarani Mbya, cineasta e líder espiritual de sua comunidade. Atua há mais de 20 anos com audiovisual, documentários, filmes e oficinas culturais para jovens. É fundador e conselheiro do Instituto Maracá.

  • Anai Vera Britos, Universidade de São Paulo. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social

    É doutoranda em Antropologia Social pelo PPGAS FFLCH-USP e bolsista BECAL-Paraguay.

References

ALBERT, Bruce. 1995. “‘Anthropologie apliquée’ ou ‘anthropologie impliquée’? Ethnographie, minorités et développement”. In Les applications de l’anthropologie. Un essai de réflexion à partir de la France, editado por Jean-François BARÉ. Paris: Karthala.

ALBERT, Bruce. 2015. “Postscriptum. Quando eu é um outro (e vice-versa)”. In A queda do céu: palavras de um xamã yanomami de Davi KOPENAWA; Bruce ALBERT. São Paulo: Companhia das Letras.

BALÉE, William. 2013. Cultural forests of the Amazon: a historical ecology of people and their landscapes. Tuscaloosa: University of Alabama Press.

BENITES, Sandra. 2018. Viver na língua Guarani Nhandewa (Mulher falando). Dissertação (Mestrado) - Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento de Antropologia Social, Rio de Janeiro.

CABRAL DE OLIVEIRA, Joana; AMOROSO, Marta; MORIM DE LIMA, Gabriela; SHIRATORI, Karen; MARRAS, Stelio; EMPERAIRE, Laure. Vozes vegetais: diversidade, resistências e histórias da floresta. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

CADOGAN, León. 1959. “Ayvu rapyta. Textos míticos de los Mbya-Guaraní del Guairá”. FFLCH/USP Boletim n.227, Antropologia, no.5. São Paulo.

CADOGAN, León. 2015. Ayvu rapyta. Textos míticos de los Mbya-Guaraní del Guairá. Cuarta Edición. Asunción: Centro de Estudos Antropológicos de la Universidad Católica – CEADUC.

CLASTRES, Pierre. 1974. Le Grand Parler. Mythes et chants sacrés des indiens guarani. Paris: Seuil.

CLEMENT, Charles; DENAVAN, William; HECKENBERGER, Michael; JUNQUEIRA, André; NEVES, Eduardo; TEIXEIRA, Wenceslau; WOODS, William. 2015. “The domestication of Amazonia before European conquest”. The Royal Society Publishing, . 1-9.

EMGC - Equipo Mapa Guaraní Continental. 2016. Mapa Guaraní Continental 2016. Pueblos guaraníes en Argentina, Bolivia, Brasil y Paraguay.. Campo Grande: Gráfica Mundial.

GALLOIS, Dominique Tilkin; MACEDO, Valéria. 2018. “Apresentação”: In Nas redes guarani: saberes, traduções e transformações, 9-20. São Paulo: Hedra.

GRÜNBERG, Georg;MELIÀ, Bartomeu (eds.). 2008. Guarani Retã 2008. Povos Guarani na Fronteira Argentina, Brasil e Paraguai. Argentina, UNam, ENDEPA; Brasil, CTI, CIMI, ISA, UFGD; Paraguay, CEPAG, CONAPI, SAI, GAT, SPSAJ, CAPI.

GUARANI, Jera. 2021. Ara Pyau. Segunda Edição. Brasília: Centro de Trabalho Indigenista.

KEESE, Lucas. 2021. A esquiva do xondaro: Movimento e ação política guarani mbya. São Paulo: Editora Elefante.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. 2015. A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras.

LADEIRA, Maria Inês. 1999. “Yvy marãey; renovar o eterno”. Suplemento Antropológico, 34, 2: 81-100.

LADEIRA, Maria Inês. 2008 [2001]. Espaço geográfico Guarani-Mbya: significado, constituição e uso. São Paulo: EDUEM/EDUSP.

LITAIFF, Aldo. 1996. As divinas palavras: identidade étnica dos Guarani-Mbyá. Florianópolis: Editora da UFSC.

MACEDO, Valéria. 2009. Nexos da diferença: cultura e afecção em uma aldeia Guarani na Serra do Mar. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.

MACEDO, Valéria. 2017. “Os corpos da erva‐mate. Gênero, alternação e alteração em um ritual guarani mbya”. Apresentação realizada na XI SALSA Sesquiannual Conference. Lima, julho, 2023.

MURA, Fabio. 2006. À procura do “Bom viver”. Território, tradição de conhecimento e ecologia doméstica entre os Kaiowa. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

NEVES, Eduardo; HECKENBERGER, Michael. 2019. “The Call of the Wild: Rethinking Food Production in Ancient Amazonia”. Annual Revista de Anthropologia,. 48, 71–88.

PACHECO DE OLIVEIRA, João. 1998. “Uma Etnologia Dos ‘Índios Misturados’? Situação Colonial, Territorialização E Fluxos Culturais”. Mana, 4(1), 47–77.

PIERRI, Daniel. 2013. O perecível e o imperecível: reflexões guarani mbya sobre a existência. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.

PISSOLATO, Elizabeth de Paula. 2006. A duração da pessoa: mobilidade, parentesco e xamanismo Mbya (Guarani). Tese (Doutorado) Programa de Pós-graduação em Antropologia Social. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

SEEGER, Anthony; DA MATTA, Roberto; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1979. “A construção da pessoa nas sociedades indígenas brasileiras”. Boletim Do Museu Nacional de Antropologia, Rio de Janeiro, 32, 2–19.

STENGERS, Isabelle. 2005. “The Cosmopolitical Proposal”. In: Making Things Public: Atmospheres of Democracy, editado por Bruno LATOUR; Peter WEIBEL, 994-1003.rofeta e o Principal. A ação política ameríndia e seus personagens. São Paulo: EdUSP, FAPESP.

SZTUTMAN, Renato. 2020. “Perspectivismo contra o Estado. Uma política do conceito em busca de um novo conceito de política”. Revista De Antropologia, 63(1):185–213.

TAKUÁ, Cristine. 2018. “Teko Porã, o sistema milenar educativo de equilíbrio”. Rebento, São Paulo, no. 9:5-8.

TSING, Anna. 2019. Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Brasília: IEB Mil Folhas. 284p.

VERA POPYGUA, Timóteo. 2017. Yvyrupa. A terra uma só. Coleção Mundo Indígena. Primeira Edição. São Paulo: Editora Hedra.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002. “O Nativo Relativo”. Mana, 8, no. 1. Rio de Janeiro: PPGAS/MN, 2002.

Published

2023-12-22

Issue

Section

Dossiê Alteridades Vegetais

How to Cite

Papá, C., & Britos, A. V. . (2023). Jajepota ka’aguy rokýre. Being enchanted by forest’s sprouts. Cadernos De Campo (São Paulo, 1991), 32(2), e215752. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v32i2pe215752