Cautivo y chamán-profeta: una negociación cosmopolítica tupinambá
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v33i1pe214183Palabras clave:
Amerindios, Tupinambá, Cosmopolítica, Chamanismo, Tupí Guaraní, Hans StadenResumen
Este artículo retoma el episodio del siglo XVI en el que los Tupinambá capturaron al alemán Hans Staden y lo destinaron a la muerte en un ritual antropofágico. Liberado después de nueve meses de cautiverio, Staden regresó a Europa y publicó un relato de su experiencia entre sus captores. Si bien el testimonio de Staden, el único existente, se construye a la luz de una historia cristiana de salvación, intentaré demostrar que el relato revela que el protagonismo efectivo de los hechos fue de los Tupinambá y que las negociaciones entre captores y cautivos tuvieron una dimensión cosmopolítica, cuyos términos fueron determinados por los Tupinambá. Una investigación etnológica de este evento puede contribuir a comprender cómo los Tupí de la costa se relacionaron con los europeos blancos al inicio de la invasión europea de América del Sur.
Descargas
Referencias
ABBEVILLE, Claude d’. 2008 [1614]. História da missão dos padres Capuchinhos na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial.
ALMEIDA, Mauro. 2021. Caipora e outros conflitos ontológicos. São Paulo: Ubu.
ANCHIETA, José de. 1933. Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões (1554-1594). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
AUTOR. 2022.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1985. “Vingança e temporalidade: os Tupinambá”. Journal de la Société des Américanistes, 71: 191-208.
CESARINO, Pedro de Niemeyer. 2020. “Poética e política nas terras baixas da América do Sul: a fala do chefe”. Amerindia, 24, no. 1: p. 5-26.
CLASTRES, Hélène. 1972. Les beaux-frères ennemis. À propos du cannibalisme tupinamba. Nouvelle Revue de Psychanalyse, no. 6: 71-82.
CLASTRES, Helène. 1978. Terra sem mal. São Paulo: Brasiliense.
CLASTRES, Pierre. 2013 [1974]. A sociedade contra o Estado: pesquisas de antropologia política. São Paulo: Cosac Naify.
ÉVREUX, Yves d’. 2009 [1615]. História das coisas mais memoráveis, ocorridas no Maranhão nos anos de 1613 e 1614 por Yves D'Evreux; tradução de Marcella Mortara, revisão da tradução de Vera A. Harvey. Rio de Janeiro: Batel; Fundação Darcy Ribeiro.
DUFFY, Eve M.; METCALF, Alida C. 2012. The return of Hans Staden: a go-between in the Atlantic world. Baltimore: The Johns Hopkins University Press.
FAUSTO, Carlos. 1992. “Fragmentos de história e cultura Tupinambá: da etnologia como instrumento crítico de conhecimento etno-histórico”. In: História dos índios no Brasil editado por Manuela CARNEIRO DA CUNHA, 381-396. São Paulo: Companhia das Letras.
FERNANDES, Florestan. 2006 [1952]. A função social da guerra na sociedade tupinambá. São Paulo: Globo.
FERNANDES, Florestan. 1962. [1948] A organização social dos Tupinambá. São Paulo: Difusão europeia do livro.
GIBRAM, Paola Andrade; VANZOLINI, Marina; SZTUTMAN, Renato. 2020. “Diplomacias cosmopolíticas e os desafios da linguagem: perspectivas das terras baixas sul-americanas”. Campos - Revista de Antropologia, 21, no. 1: 09-19. http://dx.doi.org/10.5380/cra.v21i1.76606.
HARTOG, François. 2003. Régimes d’historicité. Présentisme et expériences du temps. Paris: Seuil.
LÉRY, Jean. 1578. Histoire d’un voyage faict en la terre du Bresil, autrement dite Amerique. S.l.: Antoine Chuppin.
LIMA, Tânia Stolze. 2012. “Por uma cartografia do Poder e da diferença nas cosmopolíticas ameríndias”. Revista de Antropologia, 54, no.2: 601-646. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.39641
MÉTRAUX, Alfred. 1979 [1928]. A religião dos tupinambás e suas relações com a das demais tribos tupi-guaranis. São Paulo: Ed. Nacional, Ed. da Universidade de São Paulo.
PERRONE-MOISÉS, Beatriz. 1996. “O Mito do Bom Francês: Imagens Positivas das Relações entre Colonizadores Franceses e Povos Ameríndios no Brasil e no Canadá”. Estudos Avançados, Série Estudos Brasil França. São Paulo, 3: 1-9.
PERRONE-MOISÉS, Beatriz. 2002. “Verdadeiros contrários: guerras contra o gentio no Brasil colonial”. Sexta Feira,7: 24-34.
SAHLINS, Marshall. 1994 [1985]. Ilhas de História. Rio de Janeiro: Zahar.
SAHLINS, Marshall. 2004. “Adeus aos tristes tropos: a etnografia no contexto da moderna história mundial”. In: Cultura na prática, 503-534. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.
SOUSA, Gabriel Soares de. 1879 [1587]. Tratado descriptivo do Brasil em 1587. Rio de Janeiro: Typographia de João Ignacio da Silva.
STADEN, Hans. 1942 [1557]. Duas viagens ao Brasil. Tradução de Guiomar de Carvalho Franco. São Paulo: Hans Staden-Gesellschaft.
STENGERS, Isabelle. 2007. “La proposition cosmopolitique”. In: L’émergence des cosmopolitiques, editado por Jacques LOLIVE e Olivier SOUBEYRAN, 45-68. Paris: La Découverte.
SZTUTMAN, Renato. 2009. “De caraíbas e morubixabas: A ação política ameríndia e seus personagens”. Revista de Antropologia da UFSCar, 1, no.1: 16-45. https://doi.org/10.52426/rau.v1i1.2.
SZTUTMAN, Renato. 2012. O profeta e o principal: A Ação Política Ameríndia e seus Personagens. São Paulo: Edusp, Fapesp.
THEVET, André. 1575. La cosmographie universelle. Paris: Guillaume Chaudiere.
VILLAS BÔAS, Luciana. 2004. “Wild stories of a pious travel writer”. Daphnis, 33, no. 1-2: 187-212.
VILLAS BÔAS, Luciana. 2008. “The Anatomy of Cannibalism: Religious Vocabulary and Ethnographic Writing in the Sixteenth Century”. Studies in Travel Writing, 12: 7-27. https://doi.org/10.3197/136451408X273817
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1986. Araweté: os deuses canibais. Rio de Janeiro: Zahar, Anpocs.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1999. “Etnologia indígena”. In: O que ler na Ciência Social Brasileira (1970-1995). Antropologia, organizado por Sérgio MICELI, 109-223. São Paulo: Sumaré; Anpocs; Capes.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac e Naify.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2004. “Perspectival Anthropology and the Method of Controlled Equivocation”. Tipití: Journal of the Society for the Anthropology of Lowland South America, 2, no. 1: 3-22.
WHITEHEAD, Neil L. 2000. “Hans Staden and the Cultural Politics of Cannibalism”. Hispanic American Historical Review, 80, no. 4: 721-751.
WHITEHEAD, Neil L. “Introduction”. 2008. In: STADEN, Hans. Hans Staden’s True History: An Account of Cannibal Captivity in Brazil. Traduzido por Michael Harbsmeier Neil L. Whitehead, 14-123. Durham; London: Duke University Press.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Cadernos de Campo (São Paulo, 1991)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Autorizo a Cadernos de Campo a publicar el trabajo de mi autoría/responsabilidad, así como me responsabilizo por el uso de imágenes, si se aceptada su publicación.
Estoy de acuerdo con esta declaración como una expresión absoluta de la verdad y confirmo el carácter inédito de la obra presentada. Asumo la plena responsabilidad del material presentado en mi nombre y en el de los eventuales coautores