A produção ritual da candidatura política
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v23i23p91-108Palabras clave:
Candidaturas, Cidade, Eleições, Religião, Ritual.Resumen
Quando os processos eleitorais são instaurados, os aspirantes a cargos políticos emplacam uma ação ritual que tem por intenção agregar ao candidato não apenas apoio, mas também colocá-lo como um representante legítimo de determinados coletivos. Durante esse processo, buscam uma agenda de contato face-a-face, em que suas bases de apoio e aquilo que se diz dele pelos coletivos que lhe conferem crédito, possam ser estendidas aos demais votantes de uma localidade. Em cada cidade que passam, os candidatos inauguram um comitê, depois voltam, fazem uma reunião, rezam, comungam, realizam uma caminhada ou uma carreata, conversam com as pessoas, apresentam-se junto de notáveis da localidade ou que dentro dela possam ter alguma projeção, e aos poucos vão marcando seu território no corpo e no imaginário da cidade. A proposta deste texto é apresentar como esse processo ritual ocorreu numa candidatura a deputado federal na região sul do estado de Minas Gerais, durante as eleições de 2010.
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