The Incomplete Domestication of Wauja Women
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v30i2pe193357Palavras-chave:
Xingu, Arawak, Gênero, Sexualidade, Patriarcado, Escolarização, Posição socialResumo
Em 1981, apesar dos fardos que suportaram devido ao seu gênero, as mulheres Wauja do Brasil Central gozavam de certas liberdades que os homens não gozavam. Entre eles havia maior liberdade de movimento pela aldeia e liberdade para falar em particular com mulheres de qualquer casa. Essas liberdades não eram triviais e davam às mulheres acesso privilegiado a todos os tipos de informações (“fofoca”). Dessa forma, as mulheres foram capazes de moldar a percepção da comunidade sobre os eventos de uma forma que os homens não conseguiam. O trabalho e a contribuição econômica das mulheres, naquela época, eram considerados tão essenciais quanto os dos homens. Quatro décadas depois, as mulheres Wauja não trocam mais notícias com outras mulheres enquanto caminham juntas até o rio para buscar água. Em vez disso, o acesso à informação é cada vez mais moldado por dispositivos digitais, que muitas mulheres jovens casadas não possuem. Essas mulheres muitas vezes vivem como dependentes econômicas de seus maridos, porque os homens ganham salários e controlam as contas bancárias. Como a vida das mulheres mudou tanto em uma única geração e como as mulheres Wauja estão respondendo?
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