Antologia de um currículo: notas esquizoanalíticas para cartografar narrativas seriadas
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248242904porPalavras-chave:
Currículo, Cartografia, Narrativas seriadas, Estudos culturais, Filosofias da diferençaResumo
O presente artigo, inspirado pelas linhas de força das filosofias da diferença de Gilles Deleuze e Félix Guattari, tem como objetivo explorar algumas notas esquizoanalíticas para a cartografia de um currículo de um artefato cultural. A partir das contribuições das teorias pós-críticas e suas conexões com o campo dos estudos culturais, compreendemos as narrativas seriadas como um currículo. O texto opera, em sua estilística, por meio de uma elaboração (auto)ficcional, trazendo takes narrados pelo Cartógrafo, personagem que apresenta algumas notas metodológicas da nossa investigação cartográfica a partir de fragmentos de suas memórias. O argumento explorado neste texto é o de que as linhas constitutivas do currículo das narrativas seriadas têm apresentado uma multiplicidade que o faz ser compreendido como um “currículo antológico”, permitindo visualizar as suas regiões de controle, derivadas do aparelho de Estado, e as suas zonas de contágios, próprias das máquinas de guerra. Nesse sentido, o “currículo antológico” é produzido no embate entre as linhas duras, as linhas flexíveis e as linhas de fuga que o compõem. Concluímos que o que está em jogo nesse artefato são as distintas maneiras com que nos tornamos nós mesmos, as diferentes posições de sujeito que assumimos ao longo da vida. Nesse sentido, apostamos que o currículo das narrativas seriadas, ao acionar linhas de fuga, abre espaços para outras saídas, proporcionando raciocínios menos normativos para os sujeitos atravessados por dissidências de gênero e de sexualidade.
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