A face pedagógica de Eros
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1517-97022007000200009Palavras-chave:
Eros, Educação, LinguagemResumo
O presente trabalho busca descobrir a face pedagógica de Eros. Como ponto de partida, está o fato de a figura do educador/professor ser comumente representado por alguém cuja ocupação não suscita desejos de qualquer espécie. Não raras vezes assistimos a representações literárias e imagens televisivas ou cinematográficas nas quais o professor aparece comicamente como uma caricatura que fala, de modo monótono e sem parar, a alunos cujos rostos oscilam entre o tédio e o escárnio. No entanto, o que é de fato assustador é que, cada vez mais, as imagens que aparecem no discurso das novas gerações, numa tentativa de oposição à caricatura supracitada, associam a figura do professor à de um animador de auditório, performático, divertido, especialista em dinâmicas grupais catárticas, sem conteúdo e igualmente caricatural. Procurando, então, desviar-se de ambas as caricaturas e refletir sobre o gênero específico de libido pedagógica - compreendido como força ou energia espiritual para o progresso moral, intelectual e sensível -, o texto recupera o poder ilustrativo do mito, pensa sobre a força do imaginário na constituição de parâmetros modelares para a Educação e para o exercício da mestria (para isso, propõe notas socráticas, sofísticas e escolásticas com ênfase na linguagem) e aponta para a importância dessa discussão diante dos problemas que habitam os espaços educativos contemporâneos.Downloads
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Publicado
2007-08-01
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
A face pedagógica de Eros . (2007). Educação E Pesquisa, 33(2), 311-322. https://doi.org/10.1590/S1517-97022007000200009