Os sentidos da economia solidária
reflexões sobre um curso de formação
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945185054Palavras-chave:
Economia solidária, Formação e educação críticas, Emancipação, Políticas públicasResumo
Neste artigo, apresentam-se reflexões sobre um curso de Formação em Economia Solidária da Senaes, que é parte de uma política pública do Governo Federal para Economia Solidária (ES) no Brasil. Tendo como referência a relação entre o movimento social e o Estado, buscou-se perceber os sentidos da economia solidária nesse processo de formação. Considerando-se os objetivos, valores e princípios manifestados pelo movimento da ES na literatura e nos documentos coletados, identificou-se a ES crítica e a ES neoliberal. A pesquisa empírica ocorreu em duas etapas: uma documental e outra etnográfica, que abordaram os três momentos diferentes do curso: pré-concepção, concepção e implementação. Os dados foram examinados por meio da análise de conteúdo e, após esse percurso, foi possível perceber que, de forma geral, há uma consonância de sentidos nos três momentos identificados em torno da ES crítica e uma prática pedagógica apropriada nos espaços de sala de aula. Constatou-se ainda uma moderação do discurso feita pela Senaes que, a princípio, não descaracteriza o movimento da ES, mas apresenta potencial risco no que diz respeito ao desvio de seu ideário e objetivos. Nas considerações finais, retomam-se os pontos de destaque da pesquisa e discutem-se brevemente os limites e possibilidades dessas ações promovidas via Estado.
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