Prazer e sofrimento no trabalho docente: Brasil e Portugal
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945187263Palavras-chave:
Prazer e sofrimento, Produtivismo, Análise de cluster, Trabalho docenteResumo
O cenário de trabalho do docente do magistério superior é complexo e multidimensional, já que coexistem demandas permeadas por dimensões de cunho social, político e econômico. Nessa direção, o presente estudo trata de vivências de prazer e de sofrimento no contexto do ensino universitário. Busca-se contribuir com a lacuna de estudos que abordam a tríade trabalho/saúde/doença em realidades distintas. Diante disso, por mediação da teoria da psicodinâmica do trabalho, o objetivo do estudo é comparar as vivências de prazer e de sofrimento entre docentes de uma IES brasileira e outra portuguesa. Configurase em estudo de caso explanatório, de abordagem quantitativa. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado o Inventário sobre Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA), desenvolvido e validado pelos grupos: Estudos e Pesquisas em Ergonomia Aplicada ao Setor Público (ErgoPublic) e Estudos e Pesquisas em Saúde e Trabalho (Gepsat) do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília. Foram obtidas 326 respostas (sendo 251 de participantes brasileiros e 75, portugueses). Os escores revelaram realidade mais favorável aos respondentes da IES brasileira, enquanto a análise de cluster identificou a predominância de percepções semelhantes a respeito das vivências de prazer e de sofrimento. Além disso, destacam-se pontos comuns relacionados ao custo cognitivo, avaliado em nível grave e o custo físico, em nível crítico. Esses resultados transcendem os contextos locais e podem referir-se à categoria profissional relacionada à docência no âmbito universitário
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