Autismos: uma estrutura de existência e a legitimidade dos sujeitos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i2p329-341Palavras-chave:
autismo, estrutura, sujeito, psicanálise, constituiçãoResumo
Este artigo visa estender a noção de estrutura do sujeito – entendida como efeito de um encontro contingencial, marcado pela ruptura e fadado à repetição – para o campo dos autismos. Apresenta-se uma investigação do processo que leva à constituição do falante, associada à hipótese de que o autismo evidencia fortes indícios de um processo de subjetivação particular. Tal proposição incide sob a direção do tratamento, como um modo de abordar os sujeitos autistas com uma presença de demanda calculada
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