Autismos: uma estrutura de existência e a legitimidade dos sujeitos

Autores

  • Lucas Silva Romano Universidade Federal de Uberlândia
  • João Luiz Leitão Paravidini Universidade Federal de Uberlândia
  • Caio César Souza Camargo Próchno Universidade Federal de Uberlândia. Instituto de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i2p329-341

Palavras-chave:

autismo, estrutura, sujeito, psicanálise, constituição

Resumo

Este artigo visa estender a noção de estrutura do sujeito – entendida como efeito de um encontro contingencial, marcado pela ruptura e fadado à repetição – para o campo dos autismos. Apresenta-se uma investigação do processo que leva à constituição do falante, associada à hipótese de que o autismo evidencia fortes indícios de um processo de subjetivação particular. Tal proposição incide sob a direção do tratamento, como um modo de abordar os sujeitos autistas com uma presença de demanda calculada

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Lucas Silva Romano, Universidade Federal de Uberlândia

    Mestrando em Psicologia na Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.

  • João Luiz Leitão Paravidini, Universidade Federal de Uberlândia

    Psicanalista. Professor Associado da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil. 

  • Caio César Souza Camargo Próchno, Universidade Federal de Uberlândia. Instituto de Psicologia

    Professor titular da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil. 

Referências

Bettelheim, B. (1987). A fortaleza vazia. São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1967).
Ferreira, T. Vorcaro, A. (2017). O tratamento psicanalítico de crianças autistas: dialógo com múltiplas experiências. Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Freud, S. (1996). A dissecação da personalidade psíquica. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (J. Salomão, trad., Vol. 22, pp. 63-84). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1933[32]).
Kanner, L. (1943). Autistic disturbances of affective contact. Nervous Child, (2), 217-250. Recuperado de http://mail.neurodiversity.com/library_kanner_1943.pdf
Kaufmann, P. (1996). Dicionário enciclopédico de psicanálise: o legado de Freud a Lacan (V. Ribeiro, trad.). Rio de Janeiro, RJ: Zahar.
Lacan, J. (1999). O seminário, livro 5: as formações do inconsciente, 1957-58. (V. Ribeiro, trad.). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Laznik, M.-C. (2013). A hora e a vez do bebê (E.P. Oliveira, trad.). São Paulo, SP: Langage.
Lefort, R., & Lefort, R. (1984). Nascimento do Outro (A. Jesuíno, trad.). Salvador, BA: Fator Livraria. (Trabalho original publicado em 1980).
Lopes, T. J. S., & Bernardino, L. M. F. (2011). O sujeito em constituição, o brincar e a problemática do desejo na modernidade. Revista Mal-estar e Subjetividade, 11(1), 369-395. Recuperado de https://www.redalyc.org/pdf/271/27121482014.pdf
Mahler, M. (1973). Psychose infantile. Paris: Payot. (Trabalho original publicado em 1968).
Maleval, J.-C. (2015). Porque a hipótese de uma estrutura autística. Opção Lacaniana – Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, 6 (18), 1-40. Recuperado de http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_18/Por_que_a_hipotese_de_uma_estrutura_autistica.pdf
Maleval, J. -C. (2017). O autista e sua voz (P.S. de Souza Jr, trad.). São Paulo, SP: Blucher.
Meltzer, D., Bremner, J., Hoxter S., Weddell, D., & Wittenberg, I. (1980). Explorations dans le monde de l'autisme. Paris: Payot. (Trabalho original publicado em 1975).
Miller, J-A. (2013). Jacques Lacan e a voz. Opção Lacaniana – Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, 4 (11), 1-13. Recuperado de http://www.appoa.org.br/uploads/arquivos/1611.pdf
Oliveira, M. (2015). Diagnóstico diferencial: patologias ou formas de existência humana? [Video] Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=kJmMt_-w3Us
Roy, D. (2017). O que nos ensinam as crianças autistas (A. L de Almeida e Silva, trad.). In Encontro com a Clínica do Autismo da Escola Brasileira de Psicanálise. (Trabalho original publicado em La Petite Girafe, nº 27, Dialogue avec les autistes, Institut du Champ Freudien, 2008).
Tustin, F. (1977). Autisme et psychose de l'enfant. Paris: Seuil. (Trabalho original publicado em 1972).
Vorcaro, A. M. R. (1999). As crianças na psicanálise: clínica, instituição, laço social. Rio de Janeiro, RJ: Companhia de Freud.
Vorcaro, A. M. R. (2016). O tratamento do autismo: notas introdutórias. Analytica: Revista de Psicanálise, 5(9), 04-30. Recuperado de http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/analytica/article/view/2038/1386
Vorcaro, A. M. R. e Lucero, A. (2010). Entre real, simbólico e imaginário: leituras do autismo. Psicol. Argum, 28(61), 147-157. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/19839/19145

Downloads

Publicado

2019-08-30

Como Citar

Romano, L. S., Paravidini, J. L. L., & Próchno, C. C. S. C. (2019). Autismos: uma estrutura de existência e a legitimidade dos sujeitos. Estilos Da Clinica, 24(2), 329-341. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i2p329-341