Vingança
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.v0i54p246-255Palavras-chave:
Literatura italiana; Crítica social; Feminismo; Gênero.Resumo
A tradução aqui proposta se refaz à obra Tre donne (1891) de Bruno Sperani, pseudônimo da escritora Beatrice Speraz. Beatrice Speraz (1839–1923), foi uma escritora italiana de origem dálmata cuja trajetória intelectual e literária se inscreve nas complexas dinâmicas sociais e culturais da Itália pós-unitária. Órfã desde a infância, formou-se intelectualmente no ambiente dos avós maternos, aprofundando-se na leitura dos clássicos italianos e alemães, com destaque para Leopardi, Heine, Schiller e Goethe. A partir da década de 1860, iniciou sua atuação no meio jornalístico e editorial, colaborando com periódicos como La Nazione, Gazzetta Piemontese, Caffaro, Corriere della Sera e La Perseveranza. A consolidação de sua carreira literária ocorreu principalmente em Milão, centro nevrálgico da modernização econômica e cultural italiana, onde participou ativamente do circuito intelectual e artístico. Sua produção ficcional é marcada por uma forte crítica social, influenciada pelo naturalismo de Zola e Daudet, e por uma atenção particular aos mecanismos psíquicos e simbólicos da opressão de gênero. Em suas obras, como L’avvocato Malipieri (1887), Il romanzo della morte (1880), Tre donne (1891), Emma Walder (1893) e La fabbrica (1893), faz uma crítica contundente às estruturas sociais hipócritas e ao destino imposto pelas normas morais da época. Explorando as dinâmicas de gênero, retrata as opressões simbólicas e materiais sofridas pelas mulheres em diferentes estratos sociais. Também se engajou nas lutas feministas de sua época, defendendo reformas legais como a introdução do divórcio e a ampliação dos direitos civis das mulheres.
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Referências
LIBER, Liber. Bruno Sperani (alias Beatrice Speraz). Disponível em: https://liberliber.it/autori/autori-s/bruno-sperani-alias-beatrice-speraz/. Acesso em: 06 maio 2025.
SPERANI, Bruno. Tre donne. Milano: Libreria Galli di C. Chiesa e F. Guindani, 1891.
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