Forms of care and movement: ethnographic experiences among Indigenous, Quilombola communities and small scale, family-based women farmers

experiencias etnográficas entre mujeres indígenas, quilombolas y agricultoras familiares

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2022.205162

Keywords:

Forms of caring and care-taking, movement, women, Pankararu, afro-descendent communties, women farmers

Abstract

Based on ethnographic studies that were carried out in different contexts - with Indigenous (Pankararu) tribes in the states of São Paulo and Pernambuco, with Afro-descendant groups (quilombolas) in Alcântara in the state of Maranhão, and with small scale, family-based female farmers in the eastern part of Minas Gerais - we propose that “forms of caring” are part of a relationship ethics that involves tangible beings -men, women, plants, and the land - and intangible beings, that are part of the “divine,” supreme realm of human existence. We also explore the possibility of the existence of care practices linked to “movements” that take place with varying intensities and rhythms. Within the contexts of our respective ethnographic fields, the forms of caring, as the organizing axis of social relations, are carried out by women, although they are not perceived as intrinsically being tied to “women’s nature” and are also understood in their affective and disruptive dimensions. By bringing up the relationship between “movement and care,” we aim to contribute with a new perspective to the debates that have been held on these topics.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Arianne Rayis Lovo, Universidade Estadual de Campinas

    Arianne has been conducting ethnographic research with Pankararu people since 2014. Her research investigates the mobility of Pankararu people among Indigenous Land, in Pernambuco, and city of São Paulo, focusing on the "caminho das rezas" of women shaman in an urban context. Her research topics are: memory, corporality, cosmopolitics, mobility, gender, science, and shamanism. She is editor of the journal Maloca - Revista de Estudos Indígenas, linked to Unicamp. Currently, she is a temporary professor in the Post-Graduation program at Faculdade SESI-SP de Educação.

  • Emília Pietrafesa de Godoi, Universidade Estadual de Campinas

    Professor at the Department of Anthropology of the State University of Campinas (Unicamp).

  • Rodica Weitzman , Federal University of Rio de Janeiro

    PhD in Social Anthropology - Museu Nacional/PPGAS/UFRJ. Researcher associated with the NuAP - Núcleo de Antropologia da Política (UFRJ) and the Núcleo "Gênero e Ruralidades" (CPDA/UFRRJ).

References

ALMEIDA, Mauro. 2013. “Caipora e outros conflitos ontológicos”. Revista de Antropologia da UFSCar, 5(1): 7-28, jan.-jun. https://doi.org/10.52426/rau.v5i1.85.

ARRUTI, José Maurício. 1996. O reencantamento do mundo. Trama histórica e arranjos territoriais Pankararu. Rio de Janeiro, Tese de mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

BAILEY, Frederick George. 1971. Gifts and poisons: the politics of reputation. Oxford, Basil Blackwell.

BELLACASA, Maria Puig de la. 2012. “‘Nothing comes without its world’: thinking with care”. Sociological Review, 60(2): 197-216. https://doi.org/10.1111/j.1467-954X.2012.02070.x.

BELLACASA, Maria Puig de la. 2017. Matters of care. Speculative ethics in more than human worlds. Minneapolis, University of Minnesota Press.

CARNEIRO, Ana & DAINESE, Graziele. 2015. “Notas sobre diferenças e diferenciações etnográficas do movimento”. Ruris, 9(1), mar. https://doi.org/10.53000/rr.v9i1.2079.

CARVALHOSA, Natália. 2021. “Sinestesias de uma resistência: mobilidade, terra e narrativas na expropriação minerária de comunidades rurais em Conceição do Mato Dentro”. In: COMERFORD, James; CARNEIRO, Ana et al. (orgs.). Casa, corpo, terra e violência: abordagens etnográficas. Viveiros de Castro Editora Ltda., Faperj, PPGAS/UFRJ.

CARRASCO, Cristina. 2006. “La economía feminista: una apuesta por otra economía”. In: VARA, María Jesús. Escritos sobre género y economía. Madrid, Akal.

CARSTEN, Janet. 1997. The heat of the hearth: the process of kinship in a Malay fishing community. Oxford, Clarendon Press.

CARSTEN, Janet. 2000. “Introduction: cultures of relatedness”. In: CARSTEN, Janet (org.). Cultures of relatedness: new approaches to the study of kinship. Cambridge, Cambridge University Press.

COMERFORD, John. 2003. Como uma família. Sociabilidade, territórios de parentesco e sindicalismo rural. Rio de Janeiro, Relume-Dumará/Nuap.

COMERFORD, John; CARNEIRO, Ana & DAINESE, Graziele (orgs.). 2015. Giros etnográficos em Minas Gerais: casa, comida, prosa, festa, política, briga e o diabo. Rio de Janeiro, 7Letras/Faperj.

DE LA CADENA, Marisol. 2018. “Natureza incomum: histórias do antropo-cego”. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, (69): 95-117. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p95-117.

DESCOLA, Philippe. 2005. Par de-lá nature e de-lá culture. Paris, Éditions Gallimard.

FEDERECI, Silvia. 2014. “O feminismo e as políticas do comum em uma era de acumulação primitiva”. In: MORENO, Renata (org.). Feminismo, economia e política. São Paulo, Sof Sempreviva Organização Feminista.

GUEDES, André D. & VIDAL E SOUZA, Candice. 2021. “Introdução”. In: VIDAL E SOUZA, Candice & GUEDES, André D. (orgs.). Antropologia das mobilidades. Brasília, ABA Publicações.

HARAWAY, Donna. 1995. “Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial”. Cadernos Pagu, Campinas, 5(5): 7-41.

HARAWAY, Donna. 2003. The companion species manifesto: dogs people and significant otherness. Chicago, Prickly Paradigm Press.

HARAWAY, Donna. 2016. Staying with the trouble: making kin in the Chthulucene. Durham and London, Duke University Press.

HERRERO, Yayo. 2023. Ecofeminismos: La sostentabilidad de la vida. Madrid, Icaria Editorial.

GUÉTAT-BERNARD, Hélène. 2015. “Travail, famille et agriculture. Enjeux de genre et de dévoloppment, perspective Nord-Sud”. In: VERSCHUUR, C. & GUÉRIN, I. (eds.). Sous le développement, le genre. Marseille, IRD Éditions, pp. 279-305.

INGOLD, Tim. 2007. Lines: a brief history. London, Routledge.

INGOLD, Tim. 2010. “Da transmissão de representações à educação da atenção”. Educação, Porto Alegre, 33(1): 6-25, jan./abr.

INGOLD, Tim. 2011. Being alive: essays on movement, knowledge and description. London, Routledge.

KARASCH, Mary. 1993. “Catequese e cativeiro: política indigenista em Goiás – 1780-1889”. In: CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. História dos índios no Brasil. São Paulo, Companhia das Letras/Fapesp, pp. 397-412.

KELLY, José Antônio & MATOS, Marcos A. 2019. “Política da consideração: ação e influência nas terras baixas da América do Sul”. Mana, 25(2): 391-426. https://doi.org/10.1590/1678-49442019v25n2p391.

LEWITZKI, Taísa. 2019. A vida das benzedeiras: caminhos e movimentos. Curitiba, Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Paraná.

LOPES, Antonio. [1957] 2002. Alcântara. Subsídios para a história da cidade. São Paulo, Siciliano.

LOVO, Arianne Rayis. 2017. Lá, sendo o lugar deles, é também o meu lugar: pessoa, memória e mobilidade entre os Pankararu. Campinas, Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas.

LOVO, Arianne Rayis. 2020. “‘Mulheres preparadas’: fazendo corpos e ‘caminhos’ a partir das rezadeiras pankararu”. Ruris, Campinas, SP, 12(2): 91-120, set. https://doi.org/10.53000/rr.v12i2.4249.

MAIZZA, Fabiana & OLIVEIRA, Joana Cabral de. 2022. “Narrativas do cuidar: mulheres indígenas e a política feminista do compor com plantas”. Mana, 28(2). https://doi.org/10.1590/1678-49442022v28n2a102.

MAIZZA, Fabiana. 2020. “Especulações sobre pupunheiras ou cuidar com parentesplanta”. In: CABRAL DE OLIVEIRA, Joana et al. Vozes vegetais, diversidade, resistência, vozes da floresta. São Paulo, UBU.

OKIN, Susan. “Gênero: o público e o privado”. 2008. Revista Estudos de Gênero, Florianópolis, 16(2), maio-ago. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000200002.

OROZCO, Amaia Pérez. 2012. “Ameaça tormenta: a crise dos cuidados e a reorganização do sistema econômico”. In: FARIA, Nalu & MORENO, Renata (orgs.). Análises feministas: outro olhar sobre a economia e a ecologia. São Paulo, SOF.

PALMEIRA, Moacir & ALMEIDA, Alfredo Wagner. 1977. “A invenção da migração”. Projeto Emprego e Mudança Socioeconômica no Nordeste. Relatório Final. Rio de Janeiro: UFRJ/Finep/Ipea/IBGE, Museu Nacional-UFRJ, mimeo.

PIETRAFESA DE GODOI, Emília. 2014. “Mobilidade, encantamentos e pertença: o mundo ainda está rogando, porque ainda não acabou”. Revista de Antropologia, 57(2): 143-170. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.89111.

PIETRAFESA DE GODOI, Emília & MELLO, Marcelo M. 2019. “Entre seres intangíveis e pessoas: uma introdução”. Etnográfica, 23(2): 441-446. https://doi.org/10.4000/etnografica.6837.

PIETRAFESA DE GODOI, Emília. 2023. Devir Quilombola na Terra do Santo: a tessitura de um mundo composto. Rio de Janeiro, Papéis Selvagens Edições.

PINA-CABRAL, João. 2011. “Agnatas, vizinhos e amigos: variantes da vicinalidade em África, Europa e América”. ANPOCS, Caxambú, mimeo.

SIQUEIRA, Sueli. 2009. Sonhos, sucesso e frustrações na emigração de retorno. Brasil/Estados Unidos. Belo Horizonte, Argvmentvm.

SCOTT, James C. 1985. Weapons of the weak: daily forms of peasant resistance. New Haven, Yale University Press.

SCOTT, Joan. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Revista Educação e Realidade, 20 (2), Porto Alegre, UFRGS, 1995.

STRATHERN, Marilyn. 1991. Partial connections. Lanham, AltaMira Press.

STRATHERN, Marilyn. 2006. O gênero da dádiva. Campinas, Editora da Unicamp.

STENGERS, Isabelle. 2015. No tempo das catástrofes: resistir à barbárie que se aproxima. São Paulo, Cosac Naify.

STENGERS, Isabelle. 2018. “A proposição cosmopolítica”. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, RIEB, 69: 442-464. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p442-464.

TSING, Anna L. 2019. Viver em Ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Brasília, IEB Mil Folhas.

VALLE, Carlos Guilherme. 2016. “Etnicidade e mediação como política e cultura”. In: VALLE, Carlos Guilherme. Etnicidade e mediação. São Paulo, Annablume, pp. 13-59.

VINCENT, Joan. 1987. “A sociedade agrária como fluxo organizado: processos de desenvolvimento passados e presentes”. In: FELDMAN-BIANO, Bela (ed.). Antropologia das sociedades contemporâneas: método. São Paulo, Global, pp. 375-402.

WEITZMAN, Rodica. 2016. Tecendo deslocamentos: Relações de gênero, práticas produtivas e organizativas entre trabalhadoras rurais. Rio de Janeiro, Tese de doutorado, PPGAS/MN.

WOLF, Eric. 1971. “Aspects of groups relations in a complex society: Mexico”. In: SHANIN, Theodor (ed.). Peasants and peasants societies: selected readings. Harmondsworth, Penguin Books.

WOORTMANN, Klaas & WOORTMANN, Ellen. 1997. O trabalho da terra. Brasília, Editora UnB.

YANAGISAKO, Sylvia Junko & COLLIER, Jane Fishburne (eds.). 1987. Gender and kinship: essays toward an unified analysis. Stanford, Stanford University Press, pp. 14-51.

YANAGISAKO, Sylvia Junko & COLLIER, Jane Fishburne. 1995. Naturalizing power: essays in feminist cultural analysis. New York, Routledge.

ZELIZER, Viviana. 2000. “Dualidades perigosas”. Mana, 15(1): 237-256. https://doi.org/10.1590/S0104-93132009000100009

Published

2024-06-19

Issue

Section

Living Beings and Artifacts: Intertwining Vital and Technical Processes in Mesoamerica and in Lowland South America

How to Cite

Rayis Lovo, A., Pietrafesa de Godoi, E., & Weitzman , R. (2024). Forms of care and movement: ethnographic experiences among Indigenous, Quilombola communities and small scale, family-based women farmers: experiencias etnográficas entre mujeres indígenas, quilombolas y agricultoras familiares. Revista De Antropologia, 67. https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2022.205162