As Cirandas de Heitor Villa-Lobos: uma análise à luz das relações transtextuais de Gérard Genette
DOI:
https://doi.org/10.11606/rm.v22i1.195495Palavras-chave:
Transtextualidade, Intertextualidade, Cirandas, Heitor Villa-Lobos, Gérard GenetteResumo
As Cirandas de Heitor Villa-Lobos são um conjunto de dezesseis pequenas peças caracterizadas pela citação de melodias do cancioneiro folclórico infantil brasileiro. Apesar da curta duração que apresentam, as Cirandas se tornaram um caso significativo no repertório pianístico villalobiano pela relação complexa e intricada que se interpõe entre a citação de cantigas folclóricas infantis e o entorno criativo que as envolve e modifica estrutural e simbolicamente. Procurar compreender toda esta relação dialógica que se manifesta inclusive no título, uma vez que o título de cada uma das Cirandas é o mesmo que o das respectivas cantigas citadas, é reconhecer os diversos textos musicais que se interlaçam e caminham por linhas tênues entre citação e criação. Assim, com objetivo de refletir e compreender estes vínculos o presente artigo pretende articular as Cirandas com o conceito de transtextualidade definido por Gérard Genette (1982) em sua obra intitulada Palimpsestes: La littérature au second degré, incidindo em três das cinco práticas transtextuais definidas pelo autor – paratextualidade, intertextualidade e hipertextualidade.
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