"Giz Negro e Gouache: Egon Schiele"
DOI:
https://doi.org/10.11606/rm.v4i2.55064Resumo
Para uma geração que lidou o tempo inteiro também com os elementos extramusicais - tais como a torcida do "Santos Football Music", de Gilberto Mendes ou as menções que a todo o momento se imiscuem na música do próprio Willy Corrêa de Oliveira - "Giz Negro e Gouache: Egon Schiele" é bem indicativa de um novo momento na arte brasileira (ainda que não o único, nem o exclusivo). Agora talvez já não caibam tergiversações sobre os suportes. O que eu quero dizer é que a música é possível ainda enquanto só música. À fase heróica da vanguarda, que redundará numa quase renúncia à música (ocioso aludir aos numerosos compositores dos anos 60 que atualmente já não produzem mais nada), segue-se, pelo que se conclui da produção de Willy, que a música histórica, a grande música, não está morta. Não obstante a vitória da indústria cultural, a indiscutível hegemonia do capitalismo, há ainda a resistência quase bizantina. Mas, atualmente, de uma arte que não mais espera se afirmar "não-arte", para reivindicar seu estatuto no mundo.
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Copyright (c) 1993 Ênio Squeff
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