Fred Moten e a vanguarda sentimental negra
DOI:
https://doi.org/10.11606/rm.v24i1.225972Palavras-chave:
Estética, Negridade, Subjetividade, Paraontologia, Música de VanguardaResumo
Este trabalho propõe uma possível topologia estética de uma Vanguarda Sentimental Negra, desenhada poética e filosoficamente por Fred Moten. No exercício de elaborar as subjetividades afro fora das determinações trágicas, Moten desenvolve a Vanguarda Negra como uma dimensão sentimental que, brotando dos porões dos navios negreiros, manifesta-se paraontologicamente como uma força desestabilizadora das estruturas éticas e estéticas da modernidade. Observo que para Moten, nesse processo de invenção de realidades e ordens comunais, as pessoas negras improvisam ontologicamente criando suas subjetividades através de performatividades coletivas.
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