Uma rabiscadora: Helena Lima Santos, cronista do Alto Sertão Baiano
DOI:
https://doi.org/10.11606/va.i39.180933Palavras-chave:
Helena Lima Santos, Memória, Estudos feministas, Gênero, LiteraturaResumo
No presente artigo, buscamos analisar as práticas discursivas de Helena Lima Santos, escritora baiana, em textos jornalísticos produzidos na década de 1990. Na perspectiva dos estudos feministas e literários, utilizamos as categorias “experiência” e “memória” para analisar a forma como a autora procurou defender a cultura sertaneja e a preservação das singularidades de um espaço-tempo social. Selecionamos doze crônicas sobre educação, ensino de qualidade, defesa do patrimônio histórico e cultural e críticas a conjunturas político-sociais para esmiuçar e problematizar as questões de gênero sub-repticiamente implícitas nas narrativas, sem desprezar os rastros de uma escrita autobiográfica.
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