Metonímia do Corpo em Luanda, Lisboa, Paraíso, de Djaimilia Pereira de Almeida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.v25.n2.2025.216822

Palavras-chave:

metonímia do corpo, ficção portuguesa contemporânea, Djaimilia Pereira de Almeida

Resumo

Este artigo pretende discorrer acerca de aspectos metonímicos presentes na obra Luanda, Lisboa, Paraíso (2019), da escritora portuguesa Djaimilia Pereira de Almeida. Objetiva-se refletir, sobretudo, sobre a relevância da metonímia como um elemento potencializador da metáfora de exclusão social no trânsito pós-colonial a partir da transformação dos corpos das personagens. A metodologia que empregamos foi a bibliográfica, com apoio teórico nos autores Chevalier & Gheerbrant (2020), Fischer (2014), Franco (2021) e Kilomba (2019), entre outros. Além disso, buscamos nos manter rente à análise do texto literário escolhido para o estudo. Como resultado, observou-se com destaque para a metonímia do corpo, como uma estratégia narrativa, passível de contribuir para a percepção de uma falta de pertencimento e de lugar social na obra Luanda, Lisboa, Paraíso, de Djaimilia Pereira de Almeida.

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Biografia do Autor

  • Flávio Silva Corrêa de Mello, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Doutor pelo Programa de Letras Vernáculas (UFRJ). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Portuguesa e africanas. Atua principalmente em Ficção Portuguesa Contemporânea. Integra os grupos de pesquisa A (im)possibilidade de dar corpo ao passado na arte e na narrativo do século XXI, Laboratório de Pesquisa em Infância, Imaginário e Subjetividades (LAPIIS) e Estudos de Literaturas em Língua Portuguesa: Memória, Política e Deslocamentos (ELLiP).

     

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Publicado

2025-04-28

Edição

Seção

Dossiê 46: Literatura de Mulheres: Memórias, Periferias e Resistências no Espaço

Como Citar

MELLO, Flávio Silva Corrêa de. Metonímia do Corpo em Luanda, Lisboa, Paraíso, de Djaimilia Pereira de Almeida. Via Atlântica, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 76–91, 2025. DOI: 10.11606/va.v25.n2.2025.216822. Disponível em: https://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/216822.. Acesso em: 18 jun. 2025.