Teatro e a condição de pós-autonomia da arte

Autores

  • Heloisa Marina Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v9i2p122-145

Palavras-chave:

Teatro, Pós-autonomia da arte, Políticas culturais, Produção teatral

Resumo

O propósito dessa comunicação é refletir acerca de modos de produção teatral os quais, pautados por pressupostos de democracia e dissidência às hegemonias culturais e aos modelos industriais de fabricação artística, se definem, não raro, como não comerciais. Este termo e outras nomenclaturas que buscam dar conta do fenômeno teatral mencionado serão discutidas à luz do conceito de pós-autonomia da arte, como proposto pelo antropólogo argentino Nestor Garcia Canclini. Pretende-se relativizar o entendimento de que é possível gerar fabricações artísticas que sejam, de fato, alheias a modelos mercadológicos. A metodologia adotada foi a de revisão bibliográfica sobre o tema, bem como a exploração de uma perspectiva autoetnográfica vinculada às minhas próprias experiências como atriz e produtora. Tendo como objeto de estudo fazeres teatrais latino-americanos, argumento que, ainda que se compreenda que há uma relação obrigatória entre produção teatral, economia, política e mercado, tal entendimento, ao invés de inviabilizar a defesa de um teatro dissidente, é fundamental para realização efetiva e consciente de produções cênicas críticas ao status quo e capazes de construírem esperanças de mundos outros.

Palavras-chave: Políticas culturais; Estado; atriz-produtora; teatro menor.

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Biografia do Autor

  • Heloisa Marina, Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC

    É doutoranda pelo Programa de Pós Graduação em Teatro da UDESC - (Florianópolis) e Universidad Veracruzana (Xalapa - México). Sua pesquisa investiga as relações entre produção, gestão e criação estética no âmbito do teatro contemporâneo latino-americano. Bolsista CAPES. Possui graduação em Artes Cênicas - Licenciatura - pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2009) e mestrado pela mesma instituição (2012). É atriz e produtora da Cia Entrecontos. Seu trabalho artístico interroga as fronteiras entre realidade e ficção a partir da utilização de elementos autobiográficos na composição cênica. Foi membro fundadora da Dearaque Cia. (atual A Ursa Dearaque), tendo atuado na mesma como gestora financeira, atriz e produtora cultural entre os anos de 2007 e 2014. Dentro dessas companhias apresentou-se como atriz em diversos espetáculos teatrais e atuou como produtora representando as entidades em feiras, festivais e encontros de negócios do setor artístico e cultural no Brasil e em outros países como Argentina, Chile, Peru e México. Tem formação complementar em gestão e produção cultural em instituições como SENAC, FGV e Open Online Course Managing the Arts: Marketing for Cultural Organizations (Lauphena Digital School e Instituto Goethe).

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Publicado

2019-12-31

Como Citar

Marina, H. (2019). Teatro e a condição de pós-autonomia da arte. Revista Aspas, 9(2), 122-145. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v9i2p122-145