Upuahu iwi i pe ─ sonhar o chão com os pés no chão
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v12i1p116-133Palavras-chave:
Ancestralidade, Corpo-território, Mulheres indígenas, CuidadoResumo
Esta escrita narra uma experiência em um ritual ancestral do povo Guajajara, o Wira’o haw, na aldeia urbana Maraka’nà, localizada no Rio de Janeiro, que resiste ao genocídio, epistemicídio, ecocídio e racismo estruturados desde a invasão colonial. O Wira’o haw celebra a primeira menstruação da menina, kuzà tein, e o rito de passagem para a vida adulta. Momento em que as zari, as mulheres mais velhas, transmitemlhes ensinamentos e cuidados ancestrais com o corpo-território. Partilhar essa experiência numa revista acadêmica, sobretudo, no momento histórico em que vivemos, de criação do Ministério dos Povos Indígenas, coordenado por uma mulher Guajajara, é partilhar um ritual de reparação, reflorestamento e retomada de nossas histórias soterradas.
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